CONSTRUINDO A OPOSIÇÃO SINDICAL!
Os/as Profissionais da Educação
do Estado do Ceará são atacados/as de diversas formas em seus direitos básicos.
A falta de dignidade desses/as profissionais é observada facilmente por toda a sociedade.
Com uma carreira desestimulante, os(as) professores(as) não seguem os estudos
de mestrado e doutorado e, quando seguem, não raro, é como forma de saída da
Rede Estadual. São poucas as escolas que apresentam uma estrutura física
condizente com um ambiente sadio e motivador.
Quem somos?
Motivados/as pelas imensas
dificuldades que encontramos todos os dias em nossas escolas e, principalmente,
pela falta de democracia no nosso sindicato, professores e professoras
(efetivos/as e temporários/as) estão se colocando para participar da construção
de um movimento de oposição unificada e criação de uma chapa com base nos
seguintes pontos: independência em relação aos governos e partidos políticos; democracia
de base; organização da categoria por local de trabalho; direito de crítica
entre os/as seus/suas participantes e soberania das plenárias. Uma
oposição construída no chão das escolas!Parte da nossa peleja é a defesa intransigente de condições de trabalho, carreira e salários dignos. O governo do Estado do Ceará, como se sabe, não cumpriu a Lei Nacional do Piso do Magistério como buscamos na greve de 2011. Esse governo, que teve como grande aliado a atual diretoria da APEOC, utilizou e utiliza diversas manobras para dizer que cumpre a Lei do Piso.
Queremos avançar na estratégia
da defesa da escola pública de qualidade e transformar o nosso sindicato numa
ferramenta a serviço desse projeto. Infelizmente, a maioria das direções
sindicais transformou-se em conselheiras dos governos. Assim, são incapazes de
representar nossas melhores aspirações.
Unidade da categoria: uma
tarefa necessária!
O processo de sucateamento
da educação pública encontra sua melhor expressão na figura do/a professor/a
temporário/a, muito explorado/a e sem nenhum direito, com baixos salários e
atrasos no pagamento. Nesse sentido, apesar da cisão que a atual direção da
APEOC impõe entre efetivos/as e temporários/as, é importante a união dos/as
profissionais da educação contra a desvalorização do trabalho docente. Com
efeito, estabilidade e efetivação no emprego, associado a uma carreira digna
para todos/as devem ser reivindicações-chave para o próximo período.
Os limites da atual direção
da APEOC
Quando a mobilização
docente adquire um caráter mais dramático, quando o enfrentamento contra os
governos expõe o projeto educacional em curso, percebemos como a atual direção
sindical não tem independência política diante dos governos. Inclusive, neste
ano, a direção sindical fez campanha abertamente para o governador eleito, por
fazerem parte do mesmo partido. O que esperar de uma direção sindical que fez
campanha para o governo? Não queremos pagar pra ver. Queremos na direção
sindical professoras e professores independentes, que lutem com base nas
necessidades da categoria e não por suas predileções políticas partidárias.
Vem com a gente!
Entendemos que nossa tarefa
agora é construir uma oposição que encare com seriedade a tarefa de montar uma
chapa para essa eleição que se avizinha. Um desafio para os/as que acreditam na
escola pública e na democracia sindical. Por isso, fazemos um chamado aos
profissionais da educação de todo o Estado do Ceará para que compareçam às plenárias
de discussão e formação do movimento de oposição unificado.
Nossa chapa deve ser a sua
cara, que trabalha e vive a educação no chão da escola. Não queremos ver mais
as mesmas caras de dezenas de anos na direção sindical, que escorados em nossas
contribuições, intentam mais uma vez se manter.
Venha construir a Oposição
Sindical à direção da APEOC!
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