Os antecedentes
Vivemos nossos
últimos trinta dias de forma intensa,
após a suspensão de nossa greve. Voltamos às salas de aula mobilizados e
contagiamos , positivamente ,nossos alunos com o espírito do Ser político, além,
é claro, de também exercermos nosso papel profissional completando o segundo
bimestre. Os alunos participaram massivamente de vários atos, ou ainda,
passaram a realizar seus próprios atos e a organizar-se na construção de uma
greve estudantil em apóio a luta dos professores, pela valorização da educação
e dos educadores.
A mobilização dos
zonais
Os trinta dias
de suspensão com mobilização foi garantido de fato, pela atuação dos zonais que
se mantiveram organizados e executando atividades de rua. As reuniões eram constantes pela Rede de Zonais, o que dava organicidade e
articulação política aos professores. Isso era uma clara demonstração ao
governo de que o movimento de greve
permanecia vivo e crescente. Por conta disso, professores e alunos passaram a enfrentar uma situação constrangedora e
ilegal de assédio moral planejado pelos burocratas da SEDUC e executado por aqueles que lamentavelmente estão na direção de escolas
para serem os executores, carrascos, verdadeiros “pau mandados” que realizam o serviço sujo. Felizmente, temos
várias e honrosas exceções entre os que ocupam o Núcleo Gestor das escolas.
O período de
negociações com o governo
Acompanhamos passo a passo as reuniões de
negociação entre os representantes da categoria e os do governo. Foram
reuniões, seminários e plenárias, durante as quais sempre apontamos que seus
resultados não estavam sendo satisfatório, o que nos levaria novamente a greve
no dia 11/11. O governo, ciente de toda a situação, mais uma vez encerra as
rodadas de negociação apresentando uma proposta unilateral, que tolhe de vez a implementação do piso
repercutindo na carreira. Para vender suas mentiras, mais uma vez se utiliza do
método nazista em usar a propaganda para transformar mentiras em verdades e nos
retirar o apoio da sociedade organizada e da opinião pública, que há muito advoga pelos professores.
O papel da burocracia
sindical da APEOC
É
importante recordar que a posição da direção da APEOC, que há mais de dois meses é retirar-se da greve para livrar-se da presença constante da organizada
e politizada base de professores, cuja atuação, na visão deles, tornou-se um verdadeiro tormento para sua doce vida de
burocrata. Ou ainda, para não desagradar os partidos a que pertencem (PT e PC
do B), que vergonhosamente são base de
sustentação deste governo autoritário e arrogante de Cid Gomes e compactuam com
suas tentativas de destruição da carreira do magistério público do Ceará. Estes
senhores receberam a proposta do governo como positiva e passaram ao triste
papel de tentar convencer a categoria a aceitá-la.
A postura daqueles
que representam a base da categoria
Ainda no dia 10/11 a APEOC realizou
uma plenária convocada de última hora em sua sede, estivemos presentes e lá
ficou claro qual seria o posicionamento do Cidcato na Assembleia Geral do dia
seguinte. Já pela manhã do dia 11/11, ocorreu a reunião do comando de
mobilização junto com a direção da APEOC e depois de um intenso debate ficou claro que o Cidcato não assumiria o
retorno da greve. Trabalhamos na intenção de descontruir essa postura da
entidade, pois entendemos que mesmo
sendo governista, é importante e necessário a presença de um sindicato a frente
da greve. Neste sentido, trabalhamos para convencer sua direção que precisavam assumir
sua obrigação de representação classista. Para tanto, foi construído uma
proposta que daria inicio a uma nova unidade da categoria e sua representação
sindical rumo a uma nova greve.
Os desencontros
durante a Assembleia de 11/11
Diante da desconfiança da categoria
em relação a postura da direção sindical, ocorreu de forma desordenada a
negação do que seria uma proposta conjunta entre os que fazem o comando de base
e a direção do sindicato. Desta forma ,o que ocorreu e de forma tumultuada foi
a finalização da greve, e a convocação de uma nova assembleia provavelmente
para o dia 25/11, isso vai depender da publicação do edital de convocação que
deve respeitar um período de 8 dias entre a convocação e a realização da
assembleia. Desta forma, precisamos manter o contato entre nós para garantirrmos
que a nova assembleia de fato aconteça, assim, estamos convocando uma reunião
da rede de zonais para 15/11, as 15hs ,no
Adauto Bezerra, cuja finalidade é avaliar os últimos acontecimentos e
redirecionar as intervenção e as ações dos zonais.
Nossa tarefa atual
Precisamos mais que nunca aumentar
nossa organização e unidade de forma a garantir o retorno da greve na próxima
assembleia. Para isso, é preciso muita articulação e participação de todos nas
reuniões de seus zonais. TODOS À LUTA!
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