sábado, 12 de novembro de 2011

UM BREVE OLHAR SOBRE O 11/11/11, O TÃO ESPERADO DIA DA ASSEMBLEIA GERAL DA CATEGORIA


Os antecedentes

      Vivemos nossos últimos trinta dias de forma  intensa, após a suspensão de nossa greve. Voltamos às salas de aula mobilizados e contagiamos , positivamente ,nossos alunos com o espírito do Ser político, além, é claro, de também exercermos nosso papel profissional completando o segundo bimestre. Os alunos participaram massivamente de vários atos, ou ainda, passaram a realizar seus próprios atos e a organizar-se na construção de uma greve estudantil em apóio a luta dos professores, pela valorização da educação e dos educadores.

A mobilização dos zonais

       Os trinta dias de suspensão com mobilização foi garantido de fato, pela atuação dos zonais que se mantiveram organizados e executando atividades de rua.  As reuniões eram constantes  pela Rede de Zonais, o que dava organicidade e articulação política aos professores. Isso era uma clara demonstração ao governo de  que o movimento de greve permanecia vivo e crescente. Por conta disso, professores e alunos passaram  a enfrentar uma situação constrangedora e ilegal de assédio moral planejado pelos burocratas da SEDUC e executado por  aqueles que  lamentavelmente estão na direção de escolas para serem os executores, carrascos, verdadeiros “pau mandados”  que realizam o serviço sujo. Felizmente, temos várias e honrosas exceções entre os que ocupam o Núcleo Gestor das escolas.

O período de negociações com o governo

        Acompanhamos passo a passo as reuniões de negociação entre os representantes da categoria e os do governo. Foram reuniões, seminários e plenárias, durante as quais sempre apontamos que seus resultados não estavam sendo satisfatório, o que nos levaria novamente a greve no dia 11/11. O governo, ciente de toda a situação, mais uma vez encerra as rodadas de negociação apresentando uma proposta unilateral, que  tolhe de vez a implementação do piso repercutindo na carreira. Para vender suas mentiras, mais uma vez se utiliza do método nazista em usar a propaganda para transformar mentiras em verdades e nos retirar o apoio da sociedade organizada e da opinião pública, que há  muito advoga pelos professores.

O papel da burocracia sindical da APEOC

           É importante recordar que a posição da direção da APEOC, que há  mais de dois meses  é retirar-se  da greve para  livrar-se da presença constante da organizada e politizada base de professores, cuja atuação, na visão deles,  tornou-se  um verdadeiro tormento para sua doce vida de burocrata. Ou ainda, para não desagradar os partidos a que pertencem (PT e PC do B),  que vergonhosamente são base de sustentação deste governo autoritário e arrogante de Cid Gomes e compactuam com suas tentativas de destruição da carreira do magistério público do Ceará. Estes senhores receberam a proposta do governo como positiva e passaram ao triste papel de tentar convencer a categoria a aceitá-la.

A postura daqueles que representam a base da categoria   
         
        
       Ainda no dia 10/11 a APEOC realizou uma plenária convocada de última hora em sua sede, estivemos presentes e lá ficou claro qual seria o posicionamento do Cidcato na Assembleia Geral do dia seguinte. Já pela manhã do dia 11/11, ocorreu a reunião do comando de mobilização junto com a direção da APEOC e depois de um intenso debate  ficou claro que o Cidcato não assumiria o retorno da greve. Trabalhamos na intenção de descontruir essa postura da entidade, pois entendemos que  mesmo sendo governista, é importante e necessário a presença de um sindicato a frente da greve. Neste sentido, trabalhamos para convencer sua direção que precisavam assumir sua obrigação de representação classista. Para tanto, foi construído uma proposta que daria inicio a uma nova unidade da categoria e sua representação sindical rumo a uma nova greve.

Os desencontros durante a Assembleia de 11/11

       Diante da desconfiança da categoria em relação a postura da direção sindical, ocorreu de forma desordenada a negação do que seria uma proposta conjunta entre os que fazem o comando de base e a direção do sindicato. Desta forma ,o que ocorreu e de forma tumultuada foi a finalização da greve, e a convocação de uma nova assembleia provavelmente para o dia 25/11, isso vai depender da publicação do edital de convocação que deve respeitar um período de 8 dias entre a convocação e a realização da assembleia. Desta forma, precisamos manter o contato entre nós para garantirrmos que a nova assembleia de fato aconteça, assim, estamos convocando uma reunião da rede de zonais  para 15/11, as 15hs ,no Adauto Bezerra, cuja finalidade é avaliar os últimos acontecimentos e redirecionar as intervenção e as ações dos zonais.

Nossa tarefa atual

      Precisamos mais que nunca aumentar nossa organização e unidade de forma a garantir o retorno da greve na próxima assembleia. Para isso, é preciso muita articulação e participação de todos nas reuniões de seus zonais. TODOS À LUTA!

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