Com o objetivo de barrar a
decretação de uma nova greve no magistério cearense, o governo de Cid Gomes
atuou de forma espúria. O que, mais uma
vez, comprovou nossas palavras quando o denunciamos como uma oligarquia
autoritária, arrogante e sem pudores.
Este governo, além de ter o apoio da
maioria dos deputados por meio de barganhas políticas que caracterizam o toma
lá, dá cá típico da política no parlamento e no executivo, também exerce grande
influência sobre o judiciário cearense nos mesmos termos antes citados. Prova
disso, é só lembrar como esses dois poderes atuaram no período de nossa greve.
Para os governos fascista, não basta ter
o controle sobre o Estado, também atuam no sentido de controlar a ferro e fogo
a organização independente dos trabalhadores, sendo que, para isso, não vacilam
em usar qualquer artimanha para atingir seus objetivos. Foi o que aconteceu
nesta última semana que antecedeu o dia 25/11(dia da vergonha para os professores
do Ceará). Usaram e abusaram do poder concedido a estes senhores na condição de
gestores do Estado, para de maneira absolutamente irregular, imoral e antiética,
promover um festival de arbitrariedades, de abuso de poder, de assédio moral,
aliciamento e outras tantas maldades para com professores e alunos.
Por conta de uma força tarefa planejada
pelo governo, o ginásio Paulo Sarasate parecia ficar pequeno diante do número
de presentes. É bom lembrar que tamanha multidão não é comum ser vista em
nossas assembléias. E quem eram eles? Professores de Fortaleza e muitos de
várias cidade do Estado, também estavam lá os burocratas da SEDUC em grande
número e pasmem, foi identificado até mesmo merendeiras que não se sabe como,
estavam com seus crachás para votar contra a greve.
Ao
longo de todo o processo em que ocorreu a assembléia, nossos colegas
professores de Fortaleza ouviram dezenas de relatos sobre a organização das
caravanas vindas de várias cidades do Estado. Foram narrativas feitas pelos
companheiros professores destas cidades e o que mais se ouviu foram as
denúncias de abuso de poder dos gestores das escolas, dos dirigentes dos CREDES,
disseminando terror e pressão psicológica por meio de ameaças de
demissão(professores temporários), desta maneiras lotaram os seus ônibus
detalhe, professores efetivos que publicamente defendiam a greve não puderam
viajar no ônibus pago pelo governo, mais vários viajaram por conta própria,
bravos companheiros.
Mil vezes vergonha, o Cidcato esteve
como nunca, a burocracia putrefata que dirige a APEOC mais uma vez mostrou que é a
representação do governo, a mola de contenção do movimento dos trabalhadores em
educação . Seu papel foi desprezível, enquanto exigia grosseiramente dos
professores locais o contra cheque para receber o crachá e entrar no ginásio,
foi flagrado pessoas das caravanas mostrando apenas o cartão do ISSEC, ou
ainda, dezenas de professores que desciam dos ônibus das caravanas já usando crachás
(?) e isso pode, quem são eles? Mostraram
seus crachás?
O resultado de tudo isso não poderia ser
outro, o velho voto de cabresto prevaleceu entre os educadores e a greve não
foi aprovada. Nesta batalha perdemos todos, para um atraso político a qual
nossa categoria vem sendo vítima. No entanto, a luta não acabou o grande saldo
positivo que podemos tirar é a manutenção dos zonais, que devem permanecer organizados
e atuantes nessa nova fase em que o principal objetivo será discutir a
organização sindical e nos defrontarmos com os burocratas que dirigem a APEOC.
Desta forma estamos convidando a todos a se fazerem presentes a reunião da Rede
de Zonais neste sábado 26/11, às 14h no Adauto Bezerra. Dê a sua contribuição,
um +um é sempre mais que dois, participe.
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