domingo, 30 de outubro de 2011
O GOVERNO, AS NEGOCIAÇÕES E A GREVE
Estejamos todos atentos aos acontecimentos que caracterizam este período de suspensão da greve (30 dias) do magistério no Ceará. Só para lembrar, a suspensão era uma condicionante do governo para negociar com nossa categoria. Desta forma, constituí-se uma mesa de negociação (Comissão de Negociação) que já sentou várias vezes, porém, não têm produzido positivamente no que concerne a implantação do Piso Salarial Nacional em toda a carreira, ou seja, repercutindo em todos os níveis que correspondem a carreira do professor. O que temos é uma insistência por parte dos representantes do governo em afirmar que os limites da negociação são determinados pelo orçamento destinado a Educação, em outras palavras, nada muda. Estas negociações, até aqui, não negociaram nada.
(Figura 1 - Passeata do dia 26/11 em Fortaleza, professore, alunos e outras categorias estiveram presentes)
O que o governo não contava era com a disposição da categoria em manter-se mobilizada mesmo com o retorno as aulas. Desta forma, estão sendo realizadas reuniões semanais nos zonais, com o objetivo de avaliar as negociações, manter a mobilização e preparar o retorno da greve em 11/11/11, caso não sejamos contemplados nas tais negociações. Além disso, temos tido manifestações importantes como a do dia do Professor, a do dia 26/11 com milhares nas ruas e a grande manifestação das escolas do zonal do Cj. Esperança cuja repercussão entre os membros do governo tem provocado reações com a finalidade de coibir estes atos. Entendemos que precisamos intensificar nossas atividades de rua com a participação massiva de alunos e pais, exigindo do governo que atenda nossas reivindicações e evite o retorno da greve em 11 de novembro.
(Figura 2 - Mobilização no Cj. Esperança dia 25/10. Alunos nas ruas)
O que temos ouvido é que os núcleos gestores das escolas estão sendo orientados a dificultar ao máximo a saída dos professores para as atividades do movimento. Sabemos que estes colegas ficam em uma situação difícil pois são tidos como cargo de confiança do governo. Isso os torna vulneráveis as vontades do governante, porém, também são primeiramente professores e desta forma sua carreira está em jogo, o que faz com que muitos desafiem a condição de “confiança” e defendam também sua carreira.
Qual deve ser nossa posição frente a essa situação?
Devemos ter total independência como categoria, onde não for possível entender-se com a direção da escola, devemos sair coletivamente e registrar as aulas a recuperar. Não podemos ser impedidos dessa decisão, também é preciso garantir a presença dos alunos junto aos professores.
Aumenta o temor do governo pelo retorno à greve
Além de aumentar as pressões sobre as escolas, o governo de Cid volta a utilizar nota paga na grande mídia intitulada “Aos professores estaduais e à sociedade cearense” cujo conteúdo demonstra mais uma vez o caráter fascista desse governo ao tentar, com o uso da mídia, transformar mentiras em verdades como tem insistido o governo dos Ferreira Gomes no Ceará. Seu objetivo é, mais uma vez, tentar quebrar a moral da categoria mobilizada e dissipar o apoio popular que obtemos até aqui, levando confusão a opinião pública.
Nossa resposta é categórica
Estamos construindo e devemos aumentar ainda mais nossa capacidade de organização da greve, sendo pensada, elaborada e executada pela Rede de Zonais, fórum de base da categoria. Para tanto, estamos convocando uma grande reunião para o dia 2/11 quarta-feira (feriado finados) às 13h30 na escola Adauto Bezerra. É bom lembrar que movimentos independentes se auto- sustentam , assim a Rede de Zonais executa campanha financeira promovendo na próxima sexta-feira dia 04/11 o FORROCK no clube Vila União cuja entrada corresponde a 10,00. Faça sua parte, adquira o ingresso e participe.
Figura 3 - Cartaz de divulgação da atividade financeira da Rede de Zonais
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