Edição de 30/09/2011 08h37
Alexandre Garcia: ‘Greve é um dos sintomas do descaso com educação’
'As autoridades não sentem os prejuízos disso. Os prejuízos são das crianças e jovens. Os prejuízos são do país', afirma.
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Teve uma confusão daquelas na quinta-feira (29) no Ceará. A Polícia Militar impediu que professores em greve entrassem no plenário da Assembleia. A briga acabou, mas o impasse continua. Os professores dormiram na assembleia.
Não é só no Ceará. Na capital do país, na quinta-feira (29) não houve aula nas escolas públicas do Fundamental e Médio, porque os professores fizeram protesto diante do palácio do governo. A Universidade de Brasília (UnB) está frequentemente em greve; e o Instituto Federal, com cursos técnicos e superiores, está em greve há 45 dias.
As autoridades não sentem os prejuízos disso. Os prejuízos são das crianças e jovens. Os prejuízos são do país. Protestos, manifestações e greves são alguns dos sintomas sérios do descaso que sofre a educação no Brasil, incluindo aí a desvalorização dos professores.
Há 50 anos, uma das principais brincadeiras das menininhas em casa era de professora. A professora era um ícone. A vocação brotava cedo. Hoje o professor está desestimulado e mal formado, e a qualidade de ensino é medíocre. E pensar que é uma das mais nobres profissões, porque forma o futuro. Mas isso não se traduz na formação do educador nem na sua remuneração.
No Ceará, por exemplo, um deputado estadual ganha mais que uma dúzia de professores do Ensino Médio. Que justiça há nessa desproporção? Como a educação está medíocre, o futuro do Brasil – e já se sente isso no presente – pode ser também medíocre.
As empresas que precisam de profissionais sentem essa falta de ensino. Os cursos superiores se deterioram, da medicina ao direito. E não poderia ser diferente, porque a base é fraca. A educação, que é a prioridade das prioridades, talvez seja temida pelos que estabelecem as prioridades, porque educação liberta.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Agressão gratuita aos professores da rede estadual do Ceará é exibida em um telejornal de grande audiência nacional
A ação truculenta do choque da PM cearense autorizada pela Assembléia Legislativa a chamada "casa do povo" na pessoa do Sr. Deputado Roberto Claudio e ratificada pelo Tirano do "castelo" Abolição o "Rei" Cid Gomes, foi mostrada em um Jornal de grande audiência em todo Brasil.
COLEGAS PROFESSORAS E PROFESSORES, ESSE É O MOMENTO DE MAIS UMA VEZ PROVARMOS NOSSO VALOR E DAR TESTEMUNHO VIVO DE NOSSA HONRA PERANTE ESSA ONDA DE INJUSTIÇA QUE SE LEVANTA DIANTE DE NÓS!
ESTEJAMOS TODOS AMANHÃ DIA 30/09, COM TODA NOSSA CORAGEM E DIGNIDADE, TÍPICAS DE NOSSA SOFRIDA PROFISSÃO, PARA MAIS UMA VEZ EM PLENA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA A PARTIR DAS 08:00hs, REALIZAR NOSSA ASSEMBLÉIA GERAL E CONTINUAR A LUTA PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PISO COM REPERCUSSÃO EM TODA A CARREIRA DE TODOS OS PROFESSORES(nível médio, graduados e pos-graduados)
VAMOS À LUTA!
"Estar preparado para a guerra é um dos meios mais eficazes de preservar a paz. "
( George Washington )
COLEGAS PROFESSORAS E PROFESSORES, ESSE É O MOMENTO DE MAIS UMA VEZ PROVARMOS NOSSO VALOR E DAR TESTEMUNHO VIVO DE NOSSA HONRA PERANTE ESSA ONDA DE INJUSTIÇA QUE SE LEVANTA DIANTE DE NÓS!
ESTEJAMOS TODOS AMANHÃ DIA 30/09, COM TODA NOSSA CORAGEM E DIGNIDADE, TÍPICAS DE NOSSA SOFRIDA PROFISSÃO, PARA MAIS UMA VEZ EM PLENA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA A PARTIR DAS 08:00hs, REALIZAR NOSSA ASSEMBLÉIA GERAL E CONTINUAR A LUTA PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PISO COM REPERCUSSÃO EM TODA A CARREIRA DE TODOS OS PROFESSORES(nível médio, graduados e pos-graduados)
VAMOS À LUTA!
"Estar preparado para a guerra é um dos meios mais eficazes de preservar a paz. "
( George Washington )
REPERCUTI NACIONALMENTE AS AGRESSÕES SOFRIDAS PELOS PROFESSORES NA ASSEMBLÉIA DO CE
'Fui atingido por um cassetete', diz professor ferido na Assembleia do CE
Professor diz ter sido atingido durante choque entre a categoria e policiais.
Batalhão afirma que objetos jogados pelos manifestantes geraram ferimento.
André Teixeira Do G1 CE(PORTAL PRINCIPAL DO GLOBO.COM dia 29/09 ÀS 19:00hs)
Professor Freitas diz que foi atingido por cassetete; Batalhão de Choque afirma que ele foi acertado por objetos arremessados pelos próprios manifestantes.(o que não é verdade, pois a entrada dos manifestantes estava sendo controlada, não tinha como nós entrarmos com qualquer tipo de artefato que fizesse tais danos. O Esclarecimento é nosso)
(Foto: Alex Costa/Agência Diário)
O professor atingido na cabeça durante as manifestações na Assembleia Legislativa do Ceará na tarde desta quinta-feira diz que foi “pressionado contra a parede” e acertado por um cassetete. “A manifestação já estava controlada, muitos manifestantes já tinham desistido quando eu fui acertado”, diz o Arivalto Freitas. Batalhão de Choque da Polícia Militar diz que paus e outros objetos jogados pelos manifestantes geraram o ferimento.
Freitas é professor de matemática em estado probatório, aprovado no último concurso do Estado. Ele diz que estava no comando de greve “dando apoio” e participava do acampamento na Assembleia que começou na tarde de quarta-feira (28).
Em nota à imprensa, a Assembleia Legislativa disse que os professores feridos foram atingidos por objetos arremessados pelos próprios manifestantes.
Segundo o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, major Alexandre Ávila, os policiais "fizeram a linha de conteção visando evitar a invasão do plenário". Ávila declarou à reportagem da TV Verdes Mares que o professor foi atingido por paus e outros objetos arremessados pelos manifestantes.
Arivalto Freitas foi levado ao Hospital Instituto Doutor José Frota, no Centro de Fortaleza, com ajuda de outros professores. Ele fez uma tomografia e ficou constatado ferimento no crânio. Ele diz sentir dor de cabeça forte.
O professor diz também que deve evitar as manifestações sindicais nos próximos dias. “Acho que meu estado não vai permitir”, explica. O professor recebeu alta hospitalar por volta de 17h.
Protesto
Os professores realizam protestos na Assembleia Legislativa contra a aprovação do piso dos professores - abaixo do que exige a Lei Nacional do Piso -, votada nesta quinta-feira (29) pelos deputados cearenses em regime de urgência. O líder do Governo na Assembleia, deputado Antônio Carlos (PT), diz que estão abaixo do piso apenas uma quantidade “irrisória” de professores que têm até o Ensino Médio. O deputado diz também que a matéria foi aprovada após ser debatida com integrantes do governo e representantes dos professores. A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto.
Professor diz ter sido atingido durante choque entre a categoria e policiais.
Batalhão afirma que objetos jogados pelos manifestantes geraram ferimento.
André Teixeira Do G1 CE(PORTAL PRINCIPAL DO GLOBO.COM dia 29/09 ÀS 19:00hs)
Professor Freitas diz que foi atingido por cassetete; Batalhão de Choque afirma que ele foi acertado por objetos arremessados pelos próprios manifestantes.(o que não é verdade, pois a entrada dos manifestantes estava sendo controlada, não tinha como nós entrarmos com qualquer tipo de artefato que fizesse tais danos. O Esclarecimento é nosso)
(Foto: Alex Costa/Agência Diário)
O professor atingido na cabeça durante as manifestações na Assembleia Legislativa do Ceará na tarde desta quinta-feira diz que foi “pressionado contra a parede” e acertado por um cassetete. “A manifestação já estava controlada, muitos manifestantes já tinham desistido quando eu fui acertado”, diz o Arivalto Freitas. Batalhão de Choque da Polícia Militar diz que paus e outros objetos jogados pelos manifestantes geraram o ferimento.
Freitas é professor de matemática em estado probatório, aprovado no último concurso do Estado. Ele diz que estava no comando de greve “dando apoio” e participava do acampamento na Assembleia que começou na tarde de quarta-feira (28).
Em nota à imprensa, a Assembleia Legislativa disse que os professores feridos foram atingidos por objetos arremessados pelos próprios manifestantes.
Segundo o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, major Alexandre Ávila, os policiais "fizeram a linha de conteção visando evitar a invasão do plenário". Ávila declarou à reportagem da TV Verdes Mares que o professor foi atingido por paus e outros objetos arremessados pelos manifestantes.
Arivalto Freitas foi levado ao Hospital Instituto Doutor José Frota, no Centro de Fortaleza, com ajuda de outros professores. Ele fez uma tomografia e ficou constatado ferimento no crânio. Ele diz sentir dor de cabeça forte.
O professor diz também que deve evitar as manifestações sindicais nos próximos dias. “Acho que meu estado não vai permitir”, explica. O professor recebeu alta hospitalar por volta de 17h.
Protesto
Os professores realizam protestos na Assembleia Legislativa contra a aprovação do piso dos professores - abaixo do que exige a Lei Nacional do Piso -, votada nesta quinta-feira (29) pelos deputados cearenses em regime de urgência. O líder do Governo na Assembleia, deputado Antônio Carlos (PT), diz que estão abaixo do piso apenas uma quantidade “irrisória” de professores que têm até o Ensino Médio. O deputado diz também que a matéria foi aprovada após ser debatida com integrantes do governo e representantes dos professores. A categoria está em greve desde o dia 5 de agosto.
PROFESSORES SÃO MASSACRADOS PELA POLICIA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
Hoje pela manhã os professores e professoras que ocupam a AL inclusive os companheiros da greve de fome foram espancados violentamente pela policia, o saldo foi prisões e feridos.
Precisamos do apoio de todos.
Veja as imagens.
A RESPONSABILIDADE É DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E DO GOVERNADOR DO ESTADO!!!!
Precisamos do apoio de todos.
Veja as imagens.
A RESPONSABILIDADE É DO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA E DO GOVERNADOR DO ESTADO!!!!
MAIS UM DIA DE OCUPAÇÃO
Bom dia greve,
Segundo dia de ocupação da AL e segundo dia da greve de fome de nossos valorosos companheiros. Depois de uma noite relativamente tranqüila, acordamos cedo e dispostos, neste momento estão chegando dezenas de companheiros para fortalecer nosso movimento.
A informação que nos chega é que os deputados votarão a mensagem ainda hoje pela manhã, precisamos de toda ajuda possível neste momento nossa obrigação é impedir que isso aconteça. Para tanto estamos convocando a todos a se dirigirem para a Assembléia Legislativa, façamos um só corpo com força suficiente para impedir que o governo nos deixe sem o piso salarial nacional.
VIVA A GREVE, VIVA A LUTA DOS PROFESSORES!
FAÇA DESTA A BATALHA DE SUA VIDA!
Segundo dia de ocupação da AL e segundo dia da greve de fome de nossos valorosos companheiros. Depois de uma noite relativamente tranqüila, acordamos cedo e dispostos, neste momento estão chegando dezenas de companheiros para fortalecer nosso movimento.
A informação que nos chega é que os deputados votarão a mensagem ainda hoje pela manhã, precisamos de toda ajuda possível neste momento nossa obrigação é impedir que isso aconteça. Para tanto estamos convocando a todos a se dirigirem para a Assembléia Legislativa, façamos um só corpo com força suficiente para impedir que o governo nos deixe sem o piso salarial nacional.
VIVA A GREVE, VIVA A LUTA DOS PROFESSORES!
FAÇA DESTA A BATALHA DE SUA VIDA!
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
GREVE DE FOME EM FORTALEZA, PROFESSORES NA LUTA
Estamos solidários com os três companheiros que corajosamente decidiram pela greve de fome como instrumento de luta e pressão junto a intransigência do governo do Estado e pelo apoio dos deputados a nossa causa.
Neste momento cabe a cada um de nós professoras e professores sermos mais do que solidários, precisamos todos estarmos unidos garantindo a manutenção da greve em todo o Estado. Nenhum professor em sala de aula até que consigamos nosso objetivo, que é o piso nacional repercutindo em nossa carreira.
Neste momento cabe a cada um de nós professoras e professores sermos mais do que solidários, precisamos todos estarmos unidos garantindo a manutenção da greve em todo o Estado. Nenhum professor em sala de aula até que consigamos nosso objetivo, que é o piso nacional repercutindo em nossa carreira.
INFORME SOBRE A OCUPAÇÃO DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO CEARÁ PELOS PROFESSORES ESTADUAIS
Hoje pela manhã fomos informados que havia chegado à Assembléia Legislativa, mensagem nº 7295 mandada pelo governo criando nova tabela vencimental para os profissionais de nível médio do grupo ocupacional magistério. Era a concretização da proposta do governo em dividir nossa carreira em duas, com prejuízos profundos para o restante da categoria, diga-se a maioria absoluta dos professores da rede estadual.
Diante do fato nossa manifestação que estava marcada para o palácio da Abolição foi transferida as pressas para a AL no sentido de pressionar os deputados a não votarem a mensagem em questão.
Ao contrário das outras vezes que aqui estivemos não ocorreu reunião entre a comissão de professores e a presidência da casa, que mesmo pressionado colocou em votação o regime de urgência para a matéria. Desta forma nós os professores não tivemos alternativa a não ser anunciar que a partir daquele momento estávamos ocupando a Assembléia Legislativa até que o governo resolva negociar positivamente a implantação do piso nacional para toda a categoria. Somos dezenas de professores e professoras e alguns alunos presentes na ocupação e dispostos a resistir até o final.
A luta se intensifica e desta forma 3 professores ( Claudio Monteiro da escola Patativa do Assaré, Laura Lobato da escola CAIC Mª Alves Carioca e Cléssio da S. Mendes da escola Liceu do Maracanaú) decretaram greve de fome, neste momento a ocupação com greve de fome ocorre no interior da Assembléia Legislativa.
Todas as atividades da greve agora devem ser deslocadas para a AL, está ocorrendo neste momento a reunião do comando de greve, amanhã também ocorrerão as reuniões dos zonais aqui na AL.
O que precisamos fazer?
Desde já estamos convocando todos os professores e professoras da rede para voltarem à greve no sentido de fortalecer nosso movimento. E preciso que se desloquem até a AL para manifestar apoio aos lutadores que sustentam a ocupação.
Neste momento nossa unidade é fundamental, até mesmo nossa entidade sindical que há muito defendia a suspensão da greve, refez sua posição e está novamente convocando a categoria para voltar massivamente a greve.
VIVA A GREVE, VIVA A LUTA DO MAGISTÉRIO CEARENSE
Diante do fato nossa manifestação que estava marcada para o palácio da Abolição foi transferida as pressas para a AL no sentido de pressionar os deputados a não votarem a mensagem em questão.
Ao contrário das outras vezes que aqui estivemos não ocorreu reunião entre a comissão de professores e a presidência da casa, que mesmo pressionado colocou em votação o regime de urgência para a matéria. Desta forma nós os professores não tivemos alternativa a não ser anunciar que a partir daquele momento estávamos ocupando a Assembléia Legislativa até que o governo resolva negociar positivamente a implantação do piso nacional para toda a categoria. Somos dezenas de professores e professoras e alguns alunos presentes na ocupação e dispostos a resistir até o final.
A luta se intensifica e desta forma 3 professores ( Claudio Monteiro da escola Patativa do Assaré, Laura Lobato da escola CAIC Mª Alves Carioca e Cléssio da S. Mendes da escola Liceu do Maracanaú) decretaram greve de fome, neste momento a ocupação com greve de fome ocorre no interior da Assembléia Legislativa.
Todas as atividades da greve agora devem ser deslocadas para a AL, está ocorrendo neste momento a reunião do comando de greve, amanhã também ocorrerão as reuniões dos zonais aqui na AL.
O que precisamos fazer?
Desde já estamos convocando todos os professores e professoras da rede para voltarem à greve no sentido de fortalecer nosso movimento. E preciso que se desloquem até a AL para manifestar apoio aos lutadores que sustentam a ocupação.
Neste momento nossa unidade é fundamental, até mesmo nossa entidade sindical que há muito defendia a suspensão da greve, refez sua posição e está novamente convocando a categoria para voltar massivamente a greve.
VIVA A GREVE, VIVA A LUTA DO MAGISTÉRIO CEARENSE
CONVOCAÇÃO PARA ESTAR NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA AGORA! NÃO IMPORTA QUÃO FORTE O INIMIGO SEJA, CERTAMENTE IREMOS VENCER
Dada a devida dimensão da eminente derrota que se constrói diante de nós, de forma surpreendente Anízio Melo, Presidente da APEOC, acaba de convocar através da Televisão todos os professores para estarem e ocuparem a Assembléia Legislativa para impedir a votação de UMA NOVA proposta ainda mais imoral e mais fétida do que a que foi colocada inicialmente, esta foi enviada HOJE dia 28/09 para ser votada em caratér de urgência pela Assembléia Legislativa.
DEPENDE DE VOCÊ, DEPENDE DO NÓS! FAÇA DE HOJE O DIA MAIS IMPORTANTE DA SUA CARREIRA DE MAGISTÉRIO! JUNTOS EM UNIDADE CERTAMENTE PODEREMOS REVERTER QUALQUER SITUAÇÃO CONTRÁRIA!
LEMBREM-SE DA PRIMEIRA TABELA, O SR. CID FOI OBRIGADO E ENGOLI-LA, FAÇAMOS O MESMO COM ESSA NOVA..!
terça-feira, 27 de setembro de 2011
MAIS UMA VOZ ECOA EM DEFESA DE NOSSA LUTA
Desta vez a carta veio da professora Mailma Sousa,zonal Mariano Matins, leia reflita e engaje-se.
Meus companheiros e minhas companheiras nesta luta boa, que é justa e necessária.
Tenho a convicção de que a vitória está em nossas mãos. Ou melhor, além de estar em nossas mãos, ela está em nossos pés, em nossa voz, em nossas ações fundamentais, decisivas nesta semana.
Queríamos um TAC e nos deram uma ATA, da qual não é novidade nem a tal da ameaça, arma eterna da tirania.
Como é que a vitória está em nossas mãos? Vivendo intensamente a agenda de greve desta semana que é, repito, a mais decisiva de todas que já vivemos até agora. É ... visceral, companheiros e companheiras. Vamos lá. Quem não foi pra rua ainda, chegou a hora certa de ir. Quem já foi tanto, acha que cansou e pensa em recuar, sei que há forças. Saiba: não acredito no tal lema que no momento considero somente derrotista: "Recuar para avançar!". Isso não existe. Recuar agora é no mínimo se dizer analfabeto por não saber ler e por, feito patinho, acreditar no que diz a tal ... ATA de negociação sem negociação.
Temos força, companheiros e companheiras. Vamos avançar. Isso, sim. Porque podemos avançar com certeza.
Como avançar? Vamos, dentre outras atividades, lotar o zonal amanhã às 14 horas no Mariano Martins. Vamos fazer um ato beeeem significativo na quarta no Palácio da Abolição (Com a arte incrível do teatro de novo, se possível. E é possível.). E vamos lutar e vencer de novo na próxima assembleia, nesta sexta no Paulo Sarasate.
Não podemos desperdiçar a mobilização que todos sabemos: é histórica. Deixá-la a custo de nada? Já ... tomamos muito sol pra recuarmos diante de ameaças que nem sabemos como serão cumpridas. Se é que serão! Não é hora de desânimos individuais. Não estamos sozinhos. Não somos fracos. Esta greve é pra mim como ... a fênix mitológica, que de repente renasce. Não das cinzas, porque não somos cinza. Somos chama, somos fogo. E fogo acesíssimo com labaredas, companheiros e companheiras.
Em que me fortaleço? Não é coisa de mito relembrar que na quarta-feira passada, na Praça da Impressa, por volta de 9 horas, nos perguntávamos até aflitos cadê os companheiros de sempre na luta. Em menos de uma hora, seguimos com trio elétrico e nosso cortejo fúnebre conforme o planejado, e com mais banda de música cívica do 7 de setembro da nossa adorada Escola Antonieta Siqueira, uma grande grande força!, e mais outra força que é a banda marcial do Liceu. Nós com aquela multidão num ato que considero, analiso, avalio como um dos mais significativos de todos os que já fizemos! Não só pela quantidade de pessoas guerreiras, destemidas no solzão outra vez, mas pela enorme simbologia daquele cortejo, o velório, o sepultamento fantástico, encampado com certeza por nossos professores atores, imprescindíveis na educação. Isso que eu digo que é vida, é um renascer, a fênix novamente, é a continuidade da greve ainda.
Como podemos dizer que isso e tanto mais é fraco? Os zonais são fortes e tem mais a REDE DE ZONAIS, um diferencial também nesta greve. Como repetir lemas derrotistas do tipo: "Suspensão com mobilização!", companheiros e companheiras? Isso não existe. Existe AVANÇAR. NÓS PODEMOS, SIM, AVANÇAR.
Vamos à luta, companheiros e companheiras. Acreditar e lutar é fundamental neste momento. Nada de desânimo. Fosse no passado em que se criava o peru no quintal de casa, eu diria que nem o povo: "quem morre de véspera é peru!" Pois se precisaremos desanimar, ainda não chegou a hora.
Abraço graaaaaaaaaaaande. Abraço de unidade. A construção desta greve indiscutivelmente é nossa, dos professores da chamada base. Somos a base, por isso chegamos até aqui e somos fortes.
Meus companheiros e minhas companheiras nesta luta boa, que é justa e necessária.
Tenho a convicção de que a vitória está em nossas mãos. Ou melhor, além de estar em nossas mãos, ela está em nossos pés, em nossa voz, em nossas ações fundamentais, decisivas nesta semana.
Queríamos um TAC e nos deram uma ATA, da qual não é novidade nem a tal da ameaça, arma eterna da tirania.
Como é que a vitória está em nossas mãos? Vivendo intensamente a agenda de greve desta semana que é, repito, a mais decisiva de todas que já vivemos até agora. É ... visceral, companheiros e companheiras. Vamos lá. Quem não foi pra rua ainda, chegou a hora certa de ir. Quem já foi tanto, acha que cansou e pensa em recuar, sei que há forças. Saiba: não acredito no tal lema que no momento considero somente derrotista: "Recuar para avançar!". Isso não existe. Recuar agora é no mínimo se dizer analfabeto por não saber ler e por, feito patinho, acreditar no que diz a tal ... ATA de negociação sem negociação.
Temos força, companheiros e companheiras. Vamos avançar. Isso, sim. Porque podemos avançar com certeza.
Como avançar? Vamos, dentre outras atividades, lotar o zonal amanhã às 14 horas no Mariano Martins. Vamos fazer um ato beeeem significativo na quarta no Palácio da Abolição (Com a arte incrível do teatro de novo, se possível. E é possível.). E vamos lutar e vencer de novo na próxima assembleia, nesta sexta no Paulo Sarasate.
Não podemos desperdiçar a mobilização que todos sabemos: é histórica. Deixá-la a custo de nada? Já ... tomamos muito sol pra recuarmos diante de ameaças que nem sabemos como serão cumpridas. Se é que serão! Não é hora de desânimos individuais. Não estamos sozinhos. Não somos fracos. Esta greve é pra mim como ... a fênix mitológica, que de repente renasce. Não das cinzas, porque não somos cinza. Somos chama, somos fogo. E fogo acesíssimo com labaredas, companheiros e companheiras.
Em que me fortaleço? Não é coisa de mito relembrar que na quarta-feira passada, na Praça da Impressa, por volta de 9 horas, nos perguntávamos até aflitos cadê os companheiros de sempre na luta. Em menos de uma hora, seguimos com trio elétrico e nosso cortejo fúnebre conforme o planejado, e com mais banda de música cívica do 7 de setembro da nossa adorada Escola Antonieta Siqueira, uma grande grande força!, e mais outra força que é a banda marcial do Liceu. Nós com aquela multidão num ato que considero, analiso, avalio como um dos mais significativos de todos os que já fizemos! Não só pela quantidade de pessoas guerreiras, destemidas no solzão outra vez, mas pela enorme simbologia daquele cortejo, o velório, o sepultamento fantástico, encampado com certeza por nossos professores atores, imprescindíveis na educação. Isso que eu digo que é vida, é um renascer, a fênix novamente, é a continuidade da greve ainda.
Como podemos dizer que isso e tanto mais é fraco? Os zonais são fortes e tem mais a REDE DE ZONAIS, um diferencial também nesta greve. Como repetir lemas derrotistas do tipo: "Suspensão com mobilização!", companheiros e companheiras? Isso não existe. Existe AVANÇAR. NÓS PODEMOS, SIM, AVANÇAR.
Vamos à luta, companheiros e companheiras. Acreditar e lutar é fundamental neste momento. Nada de desânimo. Fosse no passado em que se criava o peru no quintal de casa, eu diria que nem o povo: "quem morre de véspera é peru!" Pois se precisaremos desanimar, ainda não chegou a hora.
Abraço graaaaaaaaaaaande. Abraço de unidade. A construção desta greve indiscutivelmente é nossa, dos professores da chamada base. Somos a base, por isso chegamos até aqui e somos fortes.
REPERCUTI NACIONALMENTE AS ABERRAÇÕES DE CID GOMES
31/08/2011 às 15:08 \ Política & Cia(BLOG DA REVISTA VEJA, por Ricardo Setti)
Vejam os desatinos que o governador do Ceará, Cid Gomes, tem cometido
Cid Gomes: ataque aos professores, constrangimentos a Dilma e tentativa de criar uma "área de segurança" a seu redor aonde quer que ele fosse (Foto Agência Brasil)
O que será que anda acontecendo com o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB)? (Ou vai ver que ele sempre foi assim…).
O homem tem cometido alguns desatinos e destravado a língua — para o mal –de tal forma que parece querer seguir os passos do irmão, Ciro, que colocou a perder suas boas chances na disputa pela Presidência em 2002 por falar e fazer, sucessivamente, o que não devia. (Para os que não se lembram, durante os primeiros meses de campanha Ciro Gomes esteve disparado na frente de Lula e Serra).
Professor, para ele, não trabalha pelo salário
Irritado com as exigências dos professores cearenses em greve desde o começo do mês por causa dos péssimos salários — 1,3 mil por 40 horas semanais no início de carreira, por exemplo –, o governador soltou esses dias a seguinte pérola:
– Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado.
Posso estar no mundo da lua, mas acho imoral, obscena uma declaração desse tipo, partida de um governador de Estado. E dirigida à sacrificadísima classe dos professores de escola pública.
Os professores da rede pública cearense querem, além de reajuste salarial — ganham em média metade do salário dos professores do Distrito Federal –, melhores condições de trabalho e eleições diretas para a direção das escolas. “A declaração do governador só fez jogar combustível na greve. A adesão no interior nunca foi tão grande”, disse ao site Brasil 247 o secretário-geral do Sindicato Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Juscelino Linhares. “A declaração é ainda mais infeliz se levarmos em conta que as escolas privadas do estado pagam ainda menos que o governo”.
greve-professores-ceara
Professores em greve no Ceará: para Cid Gomes, eles não trabalham pelo salário -- que está entre os 5 menores entre os professores estaduais do país (Foto: Robson Martins)
Depois da frase estapafúrdia sobre os professores públicos, Cid Gomes constrangeu a presidente Dilma Rousseff numa solenidade pública ao fazer referências grosseiras a um procedimento médico essencial para o sexo masculino — o exame de próstata, cujo câncer é o de maior incidência entre pacientes homens no país. (Leia mais detalhes no blog de Reinaldo Azevedo.)
Como se fosse um faraó ou um semideus
O cúmulo do delírio, porém, é o projeto de lei que enviou à Assembléia criando uma “área de segurança institucional” em seu benefício. O texto inicial da proposta, sensatamente expurgado pela Assembleia Legislativa, pretendia criar uma “área de segurança transitória” ao redor do governador aonde quer que ele fosse. Uma espécie de “área de exclusão aérea”, que grandes potências ou a ONU decretam ao redor de determinados países conflituados — como ocorreu na Líbia — e onde o avião do país em questão que ousar levantar vôo será abatido.
Haveria um espaço virtual ao redor da sacrossanta figura do governador socialista, como se ele fosse um faraó ou um semideus, dentro da qual ninguém poderia penetrar ou se aproximar sem passar pelo crivo de sua segurança.
Cid acabou também recuando de dispositivo que estabelecia como “área de segurança institucional” o espaço compreendido no raio de 250 metros ao redor do Palácio da Abolição, sede do governo estadual, mas a lei fixou, de todo modo, um espaço considerável nas imediações do palácio e da residência oficial no qual o governador poderá impor restrições. A área inclui prédios públicos e particulares e até residências.
Entre os 46 deputados estaduais, apenas 3 — 1 do PSB e 2 do PV — votaram contra a maluquice, argumentando, acertadamente, que ela interfere no direito de ir e vir dos cidadãos, garant
Vejam os desatinos que o governador do Ceará, Cid Gomes, tem cometido
Cid Gomes: ataque aos professores, constrangimentos a Dilma e tentativa de criar uma "área de segurança" a seu redor aonde quer que ele fosse (Foto Agência Brasil)
O que será que anda acontecendo com o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB)? (Ou vai ver que ele sempre foi assim…).
O homem tem cometido alguns desatinos e destravado a língua — para o mal –de tal forma que parece querer seguir os passos do irmão, Ciro, que colocou a perder suas boas chances na disputa pela Presidência em 2002 por falar e fazer, sucessivamente, o que não devia. (Para os que não se lembram, durante os primeiros meses de campanha Ciro Gomes esteve disparado na frente de Lula e Serra).
Professor, para ele, não trabalha pelo salário
Irritado com as exigências dos professores cearenses em greve desde o começo do mês por causa dos péssimos salários — 1,3 mil por 40 horas semanais no início de carreira, por exemplo –, o governador soltou esses dias a seguinte pérola:
– Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado.
Posso estar no mundo da lua, mas acho imoral, obscena uma declaração desse tipo, partida de um governador de Estado. E dirigida à sacrificadísima classe dos professores de escola pública.
Os professores da rede pública cearense querem, além de reajuste salarial — ganham em média metade do salário dos professores do Distrito Federal –, melhores condições de trabalho e eleições diretas para a direção das escolas. “A declaração do governador só fez jogar combustível na greve. A adesão no interior nunca foi tão grande”, disse ao site Brasil 247 o secretário-geral do Sindicato Associação dos Professores de Estabelecimentos Oficiais do Ceará (Apeoc), Juscelino Linhares. “A declaração é ainda mais infeliz se levarmos em conta que as escolas privadas do estado pagam ainda menos que o governo”.
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Professores em greve no Ceará: para Cid Gomes, eles não trabalham pelo salário -- que está entre os 5 menores entre os professores estaduais do país (Foto: Robson Martins)
Depois da frase estapafúrdia sobre os professores públicos, Cid Gomes constrangeu a presidente Dilma Rousseff numa solenidade pública ao fazer referências grosseiras a um procedimento médico essencial para o sexo masculino — o exame de próstata, cujo câncer é o de maior incidência entre pacientes homens no país. (Leia mais detalhes no blog de Reinaldo Azevedo.)
Como se fosse um faraó ou um semideus
O cúmulo do delírio, porém, é o projeto de lei que enviou à Assembléia criando uma “área de segurança institucional” em seu benefício. O texto inicial da proposta, sensatamente expurgado pela Assembleia Legislativa, pretendia criar uma “área de segurança transitória” ao redor do governador aonde quer que ele fosse. Uma espécie de “área de exclusão aérea”, que grandes potências ou a ONU decretam ao redor de determinados países conflituados — como ocorreu na Líbia — e onde o avião do país em questão que ousar levantar vôo será abatido.
Haveria um espaço virtual ao redor da sacrossanta figura do governador socialista, como se ele fosse um faraó ou um semideus, dentro da qual ninguém poderia penetrar ou se aproximar sem passar pelo crivo de sua segurança.
Cid acabou também recuando de dispositivo que estabelecia como “área de segurança institucional” o espaço compreendido no raio de 250 metros ao redor do Palácio da Abolição, sede do governo estadual, mas a lei fixou, de todo modo, um espaço considerável nas imediações do palácio e da residência oficial no qual o governador poderá impor restrições. A área inclui prédios públicos e particulares e até residências.
Entre os 46 deputados estaduais, apenas 3 — 1 do PSB e 2 do PV — votaram contra a maluquice, argumentando, acertadamente, que ela interfere no direito de ir e vir dos cidadãos, garant
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
VIVA A GREVE DO MAGISTÉRIO CEARENSE INFORME SOBRE A REUNIÃO DO ZONAL JOSÉ WALTER 26/09/11
Depois de um final de semana cheio de incertezas sobre os efeitos do resultado de nossa última assembléia que votou a continuidade de nossa greve. E do incessante assédio do governo e de seus agentes para por fim ao nosso movimento, finalmente chegou o momento de avaliarmos nas reuniões zonais a disposição de luta dos professores.
Ainda nesta manhã de segunda feira o zonal 5ª região José Walter reuniu-se com a presença de significativos 60 professores (o maior de toda a greve) fez um diagnóstico da paralisação nas escolas que compõe nosso zonal. O resultado foi muito satisfatório, pois, não tivemos nenhuma quebra de escolas furando a greve, neste sentido continuamos com o mesmo nível de paralisação. Compreendemos coletivamente que não é o momento de recuarmos e quando isso for preciso o faremos, mais atendendo a decisão soberana de nossa assembléia a única instância com autoridade de tomar tal decisão.
Conclamamos aos demais zonais e ao conjunto de todas as professoras e professores a fortaleceram a categoria e a greve respeitando a decisão da assembléia. Unidos somos fortes, juntos chegaremos a vitória. TODOS AO ATO DE QUARTA FEIRA NO PALÁCIO DA ABOLIÇÃO.
Ainda nesta manhã de segunda feira o zonal 5ª região José Walter reuniu-se com a presença de significativos 60 professores (o maior de toda a greve) fez um diagnóstico da paralisação nas escolas que compõe nosso zonal. O resultado foi muito satisfatório, pois, não tivemos nenhuma quebra de escolas furando a greve, neste sentido continuamos com o mesmo nível de paralisação. Compreendemos coletivamente que não é o momento de recuarmos e quando isso for preciso o faremos, mais atendendo a decisão soberana de nossa assembléia a única instância com autoridade de tomar tal decisão.
Conclamamos aos demais zonais e ao conjunto de todas as professoras e professores a fortaleceram a categoria e a greve respeitando a decisão da assembléia. Unidos somos fortes, juntos chegaremos a vitória. TODOS AO ATO DE QUARTA FEIRA NO PALÁCIO DA ABOLIÇÃO.
domingo, 25 de setembro de 2011
CARTA DE UM PROFESSOR, DIGNIDADE, UNIDADE E LUTA
Professores
Hoje eu vou criticar cada um de vocês e, incluindo-me, reclamar por nossa falta de empenho em defender nossa profissão e carreira. Percebo que é minha função ser responsável, mas também ousado nas considerações.
A profissão e carreira de professor deixaram, a muito tempo, de serem consideradas importantes neste país. Desde 1980 até hoje estamos acumulando perdas enormes em nossos salários. Nosso modo de proceder foi de sempre recuar, recuar, perder, perder e o, mais grave, aceitamos isso como inexorável. Somos os únicos responsáveis por nossas perdas pois muitas vezes ficamos preocupados em defende o sustento imediato e suplicadamente rogamos ao governo para não cortar o já pouco salário que recebemos.
Admitimos que é pouco o que ganhamos, mas não temos consciência que somente uma luta mais ampliada, firme e corporativa, sem retrocessos e colocando na mesa realmente o que queremos, poderá retornar, para nós, ganhos e valorização salarial da carreira. Um bom salário é sinal de respeito sim, de reconhecimento. Vejam: médicos, advogados, desembargadores, fisioterapeutas, enfermeiros, faxineiras, todos possuem uma organização forte e não abrem mão de salários adequados para suprirem suas necessidades. Uma faxineira cobra hoje 50 reais por diária. Parabéns as faxineiras, pois elas acordaram e reconheceram que s eu trabalho é cansativo e que, portanto precisavam exigir uma melhor remuneração. Requerendo é verdade maior especialização. Somente o professor, coitado, pobrezinho anda com o pires nas mãos e rogando de joelhos diante do governador “não corte o já pouco salário que ganho”. Precisamos ter vergonha de nosso modo de proceder.
Os professores de Minas Gerais já perceberam a importância de estarem firmes em sua greve, pois é imperativo reerguer a profissão e carreira do professor a um patamar satisfatório e garantir condições adequadas de vida ao professor.
Perdoem-me, perdoem-me, mas estou indignado. Minha indignação é somente uma: porque não lutamos por algo maior, a dignidade profissional? Porque insistimos em pensarmos sempre no menos? Será que não merecemos o melhor? Nenhuma ameaça do governo pode ser aceita: nem corte de pontos, nem demissão de temporários, etc. Isto acontece porque somos fracos em nossas posições. Isto acontece porque professore não estão na luta, ficam em casa. Acontece porque somos fracos. Professor que é professor não arreda o pé, assume a luta e vai as últimas conseqüências e é capaz de dizer ao governo que pode cortar pontos, salário, etc que não será suficiente para tirá-lo da luta por algo superior e melhor: ter orgulho da profissão e missão que tem: ser professor.E, pode dizer isso, porqu e tem consciência que governo que fizer isso pagará caro, muito caro por seus atos. Que a greve é sim capaz de renovar a realidade gritante no qual se encontra.
Obrigado
Emídio Brito
Hoje eu vou criticar cada um de vocês e, incluindo-me, reclamar por nossa falta de empenho em defender nossa profissão e carreira. Percebo que é minha função ser responsável, mas também ousado nas considerações.
A profissão e carreira de professor deixaram, a muito tempo, de serem consideradas importantes neste país. Desde 1980 até hoje estamos acumulando perdas enormes em nossos salários. Nosso modo de proceder foi de sempre recuar, recuar, perder, perder e o, mais grave, aceitamos isso como inexorável. Somos os únicos responsáveis por nossas perdas pois muitas vezes ficamos preocupados em defende o sustento imediato e suplicadamente rogamos ao governo para não cortar o já pouco salário que recebemos.
Admitimos que é pouco o que ganhamos, mas não temos consciência que somente uma luta mais ampliada, firme e corporativa, sem retrocessos e colocando na mesa realmente o que queremos, poderá retornar, para nós, ganhos e valorização salarial da carreira. Um bom salário é sinal de respeito sim, de reconhecimento. Vejam: médicos, advogados, desembargadores, fisioterapeutas, enfermeiros, faxineiras, todos possuem uma organização forte e não abrem mão de salários adequados para suprirem suas necessidades. Uma faxineira cobra hoje 50 reais por diária. Parabéns as faxineiras, pois elas acordaram e reconheceram que s eu trabalho é cansativo e que, portanto precisavam exigir uma melhor remuneração. Requerendo é verdade maior especialização. Somente o professor, coitado, pobrezinho anda com o pires nas mãos e rogando de joelhos diante do governador “não corte o já pouco salário que ganho”. Precisamos ter vergonha de nosso modo de proceder.
Os professores de Minas Gerais já perceberam a importância de estarem firmes em sua greve, pois é imperativo reerguer a profissão e carreira do professor a um patamar satisfatório e garantir condições adequadas de vida ao professor.
Perdoem-me, perdoem-me, mas estou indignado. Minha indignação é somente uma: porque não lutamos por algo maior, a dignidade profissional? Porque insistimos em pensarmos sempre no menos? Será que não merecemos o melhor? Nenhuma ameaça do governo pode ser aceita: nem corte de pontos, nem demissão de temporários, etc. Isto acontece porque somos fracos em nossas posições. Isto acontece porque professore não estão na luta, ficam em casa. Acontece porque somos fracos. Professor que é professor não arreda o pé, assume a luta e vai as últimas conseqüências e é capaz de dizer ao governo que pode cortar pontos, salário, etc que não será suficiente para tirá-lo da luta por algo superior e melhor: ter orgulho da profissão e missão que tem: ser professor.E, pode dizer isso, porqu e tem consciência que governo que fizer isso pagará caro, muito caro por seus atos. Que a greve é sim capaz de renovar a realidade gritante no qual se encontra.
Obrigado
Emídio Brito
FIQUE DE OLHO E PARTICIPE DAS PRÓXIMAS ATIVIDADES
AGENDA:
Segunda, 26/09: Zonais;
Terça, 27/09: Mobilização de Zonais;
Quarta 28/09: Ato no palácio da abolição com concentração às 8 horas na Pça. Luíza Távora (CEART);
Quinta 29/09: 17h Reunião do comando de greve.
Sexta 30/09: Assembleia Geral às 8h no Paulo Sarasate
Segunda, 26/09: Zonais;
Terça, 27/09: Mobilização de Zonais;
Quarta 28/09: Ato no palácio da abolição com concentração às 8 horas na Pça. Luíza Távora (CEART);
Quinta 29/09: 17h Reunião do comando de greve.
Sexta 30/09: Assembleia Geral às 8h no Paulo Sarasate
sábado, 24 de setembro de 2011
NOSSO DESAFIO É MANTERMOS A MOBILIZAÇÃO DE NOSSA GREVE DURANTE A PRÓXIMA SEMANA
Nossa greve já enfrentou e superou vários momentos difíceis. Estamos vivendo mais um desses momentos. Depois da última reunião com o governo, onde anunciou a criação de uma tabela específica para os professores de nível médio, o que na prática significa que o governo passaria a estar dentro da lei, pois atenderia a implantação do piso salarial restrito somente aos profissionais de nível médio(250 professores). Desta forma, todos os demais não seriam beneficiados com a adoção do piso salarial, o que é nossa reivindicação central. Além do mais, o governo continua utilizando a força da lei contra os grevistas e ameaça abrir processo administrativo contra aqueles que permanecem paralisados. Os efeitos da decisão do governo e da posição vacilante da direção do sindicato APEOC levou nossa categoria a dividir-se na última assembléia (23/09), quando dividiu-se sobre a posição de suspender ou não a greve. Venceu a continuidade.
Neste momento, precisamos nos recompor, voltar a conversar e convencer nossos colegas a respeitarem a decisão soberana da assembléia a continuarem paralisados. É de fundamental importância que consigamos manter a unidade da categoria e juntos construirmos as atividades que virão até a próxima assembléia.
Participe, contribua com as discussões, compareça a reunião de seu zonal na segunda dia(26/09) e defenda sua posição. Fortaleça nossa luta.
Neste momento, precisamos nos recompor, voltar a conversar e convencer nossos colegas a respeitarem a decisão soberana da assembléia a continuarem paralisados. É de fundamental importância que consigamos manter a unidade da categoria e juntos construirmos as atividades que virão até a próxima assembléia.
Participe, contribua com as discussões, compareça a reunião de seu zonal na segunda dia(26/09) e defenda sua posição. Fortaleça nossa luta.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
RESPOSTA AO DIRETOR DO GRUPO "OPOVO"
Boa noite Sr. Plínio Bortolotti,
Sou o Prof. Rafael Lima, representante da 5ª região José Walter do movimento grevista.
Como gosto muito de escutar rádio am, em particular, o povo-cbn 1010, na tarde de hoje o Sr. deu uma entrevista opinando sobre a nossa greve, e ocorreu algumas informações que não condizem com o delicado momento que nós estamos passando, e, por isso, devido a grande credibilidade que nós professores temos com o grupo opovo, venho fazer alguns esclarececimentos. Foi questionado o porquê da continuidade da greve já que ontem nos reunimos com o Governador. Foi muito bem colocado pela apresentadora a questão das ameaças, mas o mais grave não é isso. O grande problema é que o Governador piorou nossa situação, deixando claro que enviará uma mensagem apartando nossa carreira, criando uma tabela exclusiva para os professores que têm apenas o nível médio para aplicação do piso, e assim não repercutindo em toda a nossa carreira, excluindo os professores graduados, especialistas, mestres e doutores. Isto causará danos irreparáveis a nossa carreira e, consequentemente, à educação como um todo, já que diminuirá mais ainda o interesse em ser professor, além de uma "debandada" dos professores que já estão na rede, em especial, os que entraram recentemente.
Nossa luta é pelo piso REPERCUTINDO em toda nossa CARREIRA ATUAL com um terço de hora-atividade!
Caso tenha alguma dúvida ou queira mais esclarecimentos, deixo em anexo a ata da reunião e sempre estarei disposição.
Espero ter contribuído!
A GREVE É CONSTRUÍDA POR CADA UM DE NÓS!
RESPEITO E VALORIZAÇÃO EM PROL DA EDUCAÇÃO!!
Sou o Prof. Rafael Lima, representante da 5ª região José Walter do movimento grevista.
Como gosto muito de escutar rádio am, em particular, o povo-cbn 1010, na tarde de hoje o Sr. deu uma entrevista opinando sobre a nossa greve, e ocorreu algumas informações que não condizem com o delicado momento que nós estamos passando, e, por isso, devido a grande credibilidade que nós professores temos com o grupo opovo, venho fazer alguns esclarececimentos. Foi questionado o porquê da continuidade da greve já que ontem nos reunimos com o Governador. Foi muito bem colocado pela apresentadora a questão das ameaças, mas o mais grave não é isso. O grande problema é que o Governador piorou nossa situação, deixando claro que enviará uma mensagem apartando nossa carreira, criando uma tabela exclusiva para os professores que têm apenas o nível médio para aplicação do piso, e assim não repercutindo em toda a nossa carreira, excluindo os professores graduados, especialistas, mestres e doutores. Isto causará danos irreparáveis a nossa carreira e, consequentemente, à educação como um todo, já que diminuirá mais ainda o interesse em ser professor, além de uma "debandada" dos professores que já estão na rede, em especial, os que entraram recentemente.
Nossa luta é pelo piso REPERCUTINDO em toda nossa CARREIRA ATUAL com um terço de hora-atividade!
Caso tenha alguma dúvida ou queira mais esclarecimentos, deixo em anexo a ata da reunião e sempre estarei disposição.
Espero ter contribuído!
A GREVE É CONSTRUÍDA POR CADA UM DE NÓS!
RESPEITO E VALORIZAÇÃO EM PROL DA EDUCAÇÃO!!
Assembleia Geral: Decisão da permanência da Greve.
MAIS UM MOMENTO HISTÓRICO DO NOSSO MOVIMENTO:
A FORÇA DA CATEGORIA VENCE O MEDO!
A FORÇA DA CATEGORIA VENCE O MEDO!
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
VIVA A GREVE, VIVA A MOBILIZAÇÃO!
Hoje, nossa categoria mostrou mais uma vez sua disposição de luta, respondendo categoricamente aos ataques traiçoeiros vindo do governo do Estado e seus tentáculos sindicais. Foi mais uma grande caminhada constituída de professoras, professores, estudantes, trabalhadores outros, que saindo da Praça da Imprensa caminhou até a Assembléia Legislativa. E como das outras vezes que lá estivemos, lotamos seu interior e solicitamos uma reunião com o presidente da casa, nosso objetivo: marcar mais uma rodada de negociação com o governo.
Foi constituída naquele momento uma comissão de 20 representantes dos professores para falar com o presidente da assembléia. Nesta reunião, a representação de nosso zonal interveio advertindo que os professores no seu conjunto, afirmam que não suspenderão a greve na assembléia do dia 23/09 caso não tenham nova rodada de negociação, onde o governo se comprometa com nossas reivindicações.
Depois de algumas falas, inclusive da sociedade civil organizada lá presente, em apoio aos professores, e da entrega por parte da ex-deputada Maria Luiza de um manifesto assinado por vários intelectuais e entidades de classe solicitando a abertura das negociações imediatamente, o presidente da assembléia anuncia, depois de uma breve ausência na reunião, que o governador iria receber amanhã 22/09 um comissão de 10 professores para negociar. Mais uma vez logramos êxito em nossos objetivos.
De imediato foi convocada uma reunião do comando de greve para hoje às 17h na sede da CUT.
Fiquem atentos às próximas noticias, mobilizem-se, fortaleçam a greve.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
SINDICATOS, GREVES E BUROCRACIAS
Que os sindicatos se configuram como o principal instrumento de luta dos trabalhadores em todo o mundo, até então, não se discute. No Brasil, não é diferente, estes organismos tem desempenhado um papel decisivo na condução da luta em defesa das demandas dos trabalhadores, Porém, estas entidades perdem seu vigor e sua representação política junto a categoria que representa, quando são dirigidos por burocracias que se eternizam em sua direção. Muitas vezes tirando proveito pessoal, além do mais, se colocam como verdadeiros agentes de patrões ou do Estado, funcionando desta forma como barreira de contenção das lutas dos trabalhadores.
No Ceará, lamentavelmente nosso principal sindicato, a APEOC, é uma representação clássica do sindicato chapa branca. Foi constituída desde o primeiro momento na forma de um peleguismo burocratizado e alinhado a máquina estatal. Nesta greve de 2011 chegamos até mesmo a achar que algo estaria mudando com a gestão do Sr. Anisio Melo, que ao longo de todo processo bradava o quanto era democrático. Ledo engano. Este Sr. incorporou a velha prática traiçoeira de seus antecessores, os Alencar, desta forma, o que afirmamos no texto “Mais uma semana superada”, continua valendo, onde dizemos: ‘Mesmo derrotada a direção da APEOC afirma que respeita a decisão da categoria e continua pelo menos verbalmente dirigindo a greve, até que votemos o seu fim em assembleia. Porém o discurso não esta batendo com a prática, o que temos visto claramente é uma operação desmonte aplicada pela diretoria do sindicato sobre a greve, principalmente no interior do Estado onde ainda possuem alguma credibilidade junto aos professores. Ou ainda se verificarmos seu site e vermos textos convocando a finalizar a greve, ou ainda nas entrevistas na mídia concedidas por diretores do sindicato, que muitas vezes confundem, amedrontam, ou tentam convencer os professores a saírem da greve.” Desta vez a postura foi mais grave, o presidente do sindicato mais uma vez convocou os professores a voltarem ao trabalho antes da decisão em assembleia. Nova traição, a resposta só pode ser uma: manter a greve a revelia da direção governista da apeoc, na próxima assembleia de sexta feira 24/09. Que todos participem!
No Ceará, lamentavelmente nosso principal sindicato, a APEOC, é uma representação clássica do sindicato chapa branca. Foi constituída desde o primeiro momento na forma de um peleguismo burocratizado e alinhado a máquina estatal. Nesta greve de 2011 chegamos até mesmo a achar que algo estaria mudando com a gestão do Sr. Anisio Melo, que ao longo de todo processo bradava o quanto era democrático. Ledo engano. Este Sr. incorporou a velha prática traiçoeira de seus antecessores, os Alencar, desta forma, o que afirmamos no texto “Mais uma semana superada”, continua valendo, onde dizemos: ‘Mesmo derrotada a direção da APEOC afirma que respeita a decisão da categoria e continua pelo menos verbalmente dirigindo a greve, até que votemos o seu fim em assembleia. Porém o discurso não esta batendo com a prática, o que temos visto claramente é uma operação desmonte aplicada pela diretoria do sindicato sobre a greve, principalmente no interior do Estado onde ainda possuem alguma credibilidade junto aos professores. Ou ainda se verificarmos seu site e vermos textos convocando a finalizar a greve, ou ainda nas entrevistas na mídia concedidas por diretores do sindicato, que muitas vezes confundem, amedrontam, ou tentam convencer os professores a saírem da greve.” Desta vez a postura foi mais grave, o presidente do sindicato mais uma vez convocou os professores a voltarem ao trabalho antes da decisão em assembleia. Nova traição, a resposta só pode ser uma: manter a greve a revelia da direção governista da apeoc, na próxima assembleia de sexta feira 24/09. Que todos participem!
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO CEARÁ MANTÉM A DETERMINAÇÃO DE SUSPENSÃO DA GREVE
Leia a matéria abaixo retirada de Politika com K, e reflita sobre os próximos passos de nossa greve para discutir nos zonais.
JUSTIÇA MANTÉM A SUSPENSÃO DA GREVE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL
O Tribunal de Justiça negou na tarde desta segunda-feira (19) o recurso dos professores da rede pública estadual contra a suspensão da greve.
No ultimo dia 26 de agosto, o desembargador Emanuel Leite decidiu que a categoria deveria retornar às salas de aula no prazo de até 48 horas, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por cada dia de descumprimento. Entretanto, o sindicato Apeoc entrou com um recurso no TJ para que a decisão fosse reavaliada.
Segundo o diretor do sindicato Apeoc, Anízio Melo, a categoria vai esperar a decisão ser divulgada no Diário Oficial. Caso a veiculação aconteça antes da sexta-feira (23), data em que está prevista a Assembleia Geral da categoria, uma nova reunião será convocada para discutir com os próximos passos da greve. Além do pagamento da multa de R$10 mil por dia pelo sindicato, os salários dos professores podem sofrer descontos por dia de paralisação.
Mediação
O presidente da Apeoc, Anízio Melo e uma comissão de professores estão em audiência com o presidente da OAB para pedir ao órgão para mediar uma conversa entre o governador, Cid Gomes, e a categoria para discutir as reivindicações e o pagamento do Piso Nacional do Magistério.
Próximos passos
Os professores da rede pública estadual vão realizar na próxima quarta-feira (21) uma manifestação na Assembleia Legislativa. A categoria vai se concentrar na Praça da Imprensa, a partir das 8h e seguirá, em caminhada, até a AL.
Caso a decisão do TJ não seja divulgada no Diário Oficial antes da sexta-feira (23), a Assembleia Geral será mantida e deve acontecer no Ginásio Aércio de Borba. A categoria vai discutir os próximos passos da greve.
FONTE: Por Kezya Diniz às 17:44 de 19/09/2011
JUSTIÇA MANTÉM A SUSPENSÃO DA GREVE DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA ESTADUAL
O Tribunal de Justiça negou na tarde desta segunda-feira (19) o recurso dos professores da rede pública estadual contra a suspensão da greve.
No ultimo dia 26 de agosto, o desembargador Emanuel Leite decidiu que a categoria deveria retornar às salas de aula no prazo de até 48 horas, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por cada dia de descumprimento. Entretanto, o sindicato Apeoc entrou com um recurso no TJ para que a decisão fosse reavaliada.
Segundo o diretor do sindicato Apeoc, Anízio Melo, a categoria vai esperar a decisão ser divulgada no Diário Oficial. Caso a veiculação aconteça antes da sexta-feira (23), data em que está prevista a Assembleia Geral da categoria, uma nova reunião será convocada para discutir com os próximos passos da greve. Além do pagamento da multa de R$10 mil por dia pelo sindicato, os salários dos professores podem sofrer descontos por dia de paralisação.
Mediação
O presidente da Apeoc, Anízio Melo e uma comissão de professores estão em audiência com o presidente da OAB para pedir ao órgão para mediar uma conversa entre o governador, Cid Gomes, e a categoria para discutir as reivindicações e o pagamento do Piso Nacional do Magistério.
Próximos passos
Os professores da rede pública estadual vão realizar na próxima quarta-feira (21) uma manifestação na Assembleia Legislativa. A categoria vai se concentrar na Praça da Imprensa, a partir das 8h e seguirá, em caminhada, até a AL.
Caso a decisão do TJ não seja divulgada no Diário Oficial antes da sexta-feira (23), a Assembleia Geral será mantida e deve acontecer no Ginásio Aércio de Borba. A categoria vai discutir os próximos passos da greve.
FONTE: Por Kezya Diniz às 17:44 de 19/09/2011
sábado, 17 de setembro de 2011
TORNA-SE PÚBLICA A POLÊMICA SOBRE A POSTURA POLÍTICA DA DIREÇÃO DA APEOC EM RELAÇÃO A MANUTENÇÃO DA GREVE
O jornalismo da tv Jangadeiro por meio da repórter Kezya Diniz, leva para a grande mídia a principal polêmica que envolve nossa greve na atual conjuntura. Faz uma nova leitura sobre a questão jurídica que enfrentamos e aborda principalmente o papel político e as responsabilidades daqueles que conduzem a greve, seja a direção do sindicato, ou a representação dos zonais no comando de greve. Veja, analise e comente:
Legalidade da greve ainda será julgada, explica desembargador
Por Kezya Diniz às 20:01 de 16/09/2011
Decreto de ilegalidade ou suspensão da greve? Afinal o que diz a Justiça? A greve é legal ou ilegal? Nos bastidores da paralisação dos professores no Ceará uma discussão técnica tem ganho espaço: afinal, a Justiça considera o movimento ilegal, ou apenas determinou a sua suspensão enquanto julga o mérito do litígio?
Vários leitores questionam a interpretação, segundo a qual a suspensão da greve seria um passo no caminho do decreto de ilegalidade. Vamos aos fatos:
Suspensão
No mês passado, mais precisamente no dia 26 de agosto, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), determinou por meio de liminar que professores da rede pública estadual retornassem às atividades. De acordo com a decisão, a categoria deveria retornar às salas de aula no prazo de até 48 horas, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por cada dia de descumprimento. Até aqui nenhuma novidade.
Não é ilegal
O problema é que a ordem de suspensão acabou se confundindo com o decreto de ilegalidade solicitado pelo Governo do Estado para estancar o movimento paredista dos educadores.
O que diz o desembargador?
O desembargador Emanuel Leite Albuquerque disse à coluna PolítiKa que apenas se manifestou em relação ao pedido de suspensão da greve e que a ilegalidade só será julgada no fim do processo. “Mandei apenas suspender a greve. Não deferi o pedido de ilegalidade, isso só será analisado no final do julgamento”, disse o desembargador.
Contra a greve?
Representantes do Comando de Greve dizem que o sindicato Apeoc trabalha para “desmantelar a greve” chegando a incluir no site oficial do sindicato “textos convocando [a categoria] a finalizar a greve, ou ainda nas entrevistas na mídia concedidas por diretores do sindicato, que muitas vezes confundem, amedrontam, ou tentam convencer os professores a saírem da greve”, segundo afirma um dos blogs mantidos por representantes do Comando de greve.
Por telefone, o professor Reinaldo Mapurunga disse que há cerca de três semanas o sindicato APEOC tem “desistido da greve” e que o movimento paredista continua uma vez que a grande maioria dos educadores insistem em garantir os direitos estabelecidos na Lei Nacional do Magistério.
“Embora o sindicato [Apeoc] afirme que está na greve, ele vem trabalhando no sentido de desmantelar a greve”, disse o educador que faz parte do Comando de Greve.
O que diz o Apeoc
Por telefone o presidente do sindicato Apeoc, Anízio Melo, disse que o professor Reinalde Mapurunga “não tem autoridade para falar em nome do Comando de Greve” e que as denúncias de que o sindicato estaria trabalhando para colocar um ponto final do movimento paredista fazem parte da “disputa política que tem dentro de toda categoria”.
Anízio Melo afirmou ainda que todos os educadores têm “direito de questionar a direção do sindicato de forma democrática” mas garantiu que “a greve continua e o sindicato trabalha para garantir a estrutura do movimento”.
O presidente do sindicato Apeoc informou que as divergências apresentadas por integrantes da categoria será debatida durante reunião do Comando de Greve marcada para a próxima quinta-feira (22) no auditório da CUT em Fortaleza.
Próximos passos
Na segunda-feira (19) os professores prometem realizar uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça, a partir das 14 horas, por ocasião do julgamento do recurso dos professores contra a suspensão da greve e também do mérito da ação do Governo do Estado que pede a ilegalidade da greve.
Fonte: http://politika.jangadeiroonline.com.br/greve-2/legalidade-da-greve-ainda-sera-julgada-explica-desembargador/
Legalidade da greve ainda será julgada, explica desembargador
Por Kezya Diniz às 20:01 de 16/09/2011
Decreto de ilegalidade ou suspensão da greve? Afinal o que diz a Justiça? A greve é legal ou ilegal? Nos bastidores da paralisação dos professores no Ceará uma discussão técnica tem ganho espaço: afinal, a Justiça considera o movimento ilegal, ou apenas determinou a sua suspensão enquanto julga o mérito do litígio?
Vários leitores questionam a interpretação, segundo a qual a suspensão da greve seria um passo no caminho do decreto de ilegalidade. Vamos aos fatos:
Suspensão
No mês passado, mais precisamente no dia 26 de agosto, o desembargador Emanuel Leite Albuquerque, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), determinou por meio de liminar que professores da rede pública estadual retornassem às atividades. De acordo com a decisão, a categoria deveria retornar às salas de aula no prazo de até 48 horas, sob pena de pagar multa de R$ 10 mil por cada dia de descumprimento. Até aqui nenhuma novidade.
Não é ilegal
O problema é que a ordem de suspensão acabou se confundindo com o decreto de ilegalidade solicitado pelo Governo do Estado para estancar o movimento paredista dos educadores.
O que diz o desembargador?
O desembargador Emanuel Leite Albuquerque disse à coluna PolítiKa que apenas se manifestou em relação ao pedido de suspensão da greve e que a ilegalidade só será julgada no fim do processo. “Mandei apenas suspender a greve. Não deferi o pedido de ilegalidade, isso só será analisado no final do julgamento”, disse o desembargador.
Contra a greve?
Representantes do Comando de Greve dizem que o sindicato Apeoc trabalha para “desmantelar a greve” chegando a incluir no site oficial do sindicato “textos convocando [a categoria] a finalizar a greve, ou ainda nas entrevistas na mídia concedidas por diretores do sindicato, que muitas vezes confundem, amedrontam, ou tentam convencer os professores a saírem da greve”, segundo afirma um dos blogs mantidos por representantes do Comando de greve.
Por telefone, o professor Reinaldo Mapurunga disse que há cerca de três semanas o sindicato APEOC tem “desistido da greve” e que o movimento paredista continua uma vez que a grande maioria dos educadores insistem em garantir os direitos estabelecidos na Lei Nacional do Magistério.
“Embora o sindicato [Apeoc] afirme que está na greve, ele vem trabalhando no sentido de desmantelar a greve”, disse o educador que faz parte do Comando de Greve.
O que diz o Apeoc
Por telefone o presidente do sindicato Apeoc, Anízio Melo, disse que o professor Reinalde Mapurunga “não tem autoridade para falar em nome do Comando de Greve” e que as denúncias de que o sindicato estaria trabalhando para colocar um ponto final do movimento paredista fazem parte da “disputa política que tem dentro de toda categoria”.
Anízio Melo afirmou ainda que todos os educadores têm “direito de questionar a direção do sindicato de forma democrática” mas garantiu que “a greve continua e o sindicato trabalha para garantir a estrutura do movimento”.
O presidente do sindicato Apeoc informou que as divergências apresentadas por integrantes da categoria será debatida durante reunião do Comando de Greve marcada para a próxima quinta-feira (22) no auditório da CUT em Fortaleza.
Próximos passos
Na segunda-feira (19) os professores prometem realizar uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça, a partir das 14 horas, por ocasião do julgamento do recurso dos professores contra a suspensão da greve e também do mérito da ação do Governo do Estado que pede a ilegalidade da greve.
Fonte: http://politika.jangadeiroonline.com.br/greve-2/legalidade-da-greve-ainda-sera-julgada-explica-desembargador/
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
MAIS UMA SEMANA SUPERADA
OUTRA SEMANA É POSSÍVEL E NESCESSÁRIA
QUE SE MANTENHA A GREVE!
Esta foi sem dúvida à semana mais difícil vivida por nossa greve, temos sido atacados pelo governo que usa o judiciário para criar uma aura de ilegalidade sobre a greve, mesmo estando nossa greve absolutamente dentro das exigências legais. Parece-nos, portanto, que este mecanismo tem a clara intenção de promover certo terror psicológico naqueles que estão no movimento, esperam com isso quebrar a firmeza de nossa greve, mas não conseguirão.
Como se já não fosse difícil a luta contra o governo, mais uma vez temos uma experiência negativa ( como de sempre...) com a direção da APEOC,que no início da greve não quis reconhecer o comando de greve como deliberativo. E neste momento, com a questão da ilegalidade tentam fazer diferente de 2009, quando declarou terminada a nossa greve sem que fosse votado em assembleia, escapulindo sorrateiramente abandonaram a categoria a própria sorte. Na greve atual, nossas duas últimas assembléias derrotaram a posição da APEOC pela suspensão da greve, pois existe um sentimento lúcido pela manutenção da greve manifestada em nossa categoria. Mesmo derrotada a direção da APEOC afirma que respeita a decisão da categoria e continua pelo menos verbalmente dirigindo a greve, até que votemos o seu fim em assembleia. Porém o discurso não esta batendo com a prática, o que temos visto claramente é uma operação desmonte aplicada pela diretoria do sindicato sobre a greve, principalmente no interior do Estado onde ainda possuem alguma credibilidade junto aos professores. Ou ainda se verificarmos seu site e vermos textos convocando a finalizar a greve, ou ainda nas entrevistas na mídia concedidas por diretores do sindicato, que muitas vezes confundem, amedrontam, ou tentam convencer os professores a saírem da greve. E ao falarmos da estrutura material, para se ter uma ideia da situação, os zonais estão realizando campanha financeira para tocar as atividades da greve, daí você tira.
Lembremos que estávamos vivendo uma semana sem expectativas mais positivas, no entanto, conseguimos superar seus obstáculos ao conseguir transformar o aulão na praça do Ferreira em uma passeata no centro da cidade aproximando a greve da população. Outras duas atividades que movimentaram a semana partiu da regional V, a participação não oficial no CETV13/09 que ajudou mais uma vez a divulgar a continuidade da greve para todo o Estado neste momento de dificuldades, e deu a resposta necessária e inteligente a emissora e seu tele jornal que tem jogado contra a greve, a categoria e a educação. O ponto alto se deu na quinta feira com ealização da carreata que partiu do conj. Ceará e seguiu até a praça central da Messejana, onde nos juntamos aos professores da regional VI. Vale lembrar que vários companheiros de outros zonai estiveram presentes, o resultado foi tão positivo que seguimos ao CAMBEBA rumo a Secretaria de Educação,onde tomada pela surpresa, a secretária de Educação dona Isolda Cela acabou recebendo uma delegação de representantes dos zonais e dois representantes do sindicato, que por sua vez, já se encontravam na Seduc.
Ao fim de mais de uma hora de reunião tentamos tirar alguns encaminhamentos mas não saiu muita coisa, podemos citar:
Pedimos o fim das pressões nas escolas sobre grevistas e alunos que apoiam nosso movimento, a resposta foi que não há nenhuma orientação da Seduc para estas práticas, se ocorre é como abuso, pode ser denunciado.
Indagada se realmente haveria registro das faltas, alegou que sim, pois era uma determinação da justiça, porém deixou em aberto se seriam ou não descontadas. Solicitamos a interferência da secretária para interceder junto ao governador e marcar uma reunião para a semana que vem, sua resposta foi taxativa, o governo volta a afirmar que não negocia com a categoria em greve, e que não existe nenhuma proposta oficial para resolver as demandas da greve.
Para fechar, como de praxe, nos acusou de intransigentes e pediu que respeitássemos o direito primeiro da educação dos jovens. Continuam nos solicitando amor.
Desta forma, superamos positivamente a semana e devemos nos concentrar em fazer a manutenção da greve na assembleia de 16/09 e aprovar uma agenda de atividades que movimente nossa greve. Mantenhamo-nos despertos!
QUE SE MANTENHA A GREVE!
Esta foi sem dúvida à semana mais difícil vivida por nossa greve, temos sido atacados pelo governo que usa o judiciário para criar uma aura de ilegalidade sobre a greve, mesmo estando nossa greve absolutamente dentro das exigências legais. Parece-nos, portanto, que este mecanismo tem a clara intenção de promover certo terror psicológico naqueles que estão no movimento, esperam com isso quebrar a firmeza de nossa greve, mas não conseguirão.
Como se já não fosse difícil a luta contra o governo, mais uma vez temos uma experiência negativa ( como de sempre...) com a direção da APEOC,que no início da greve não quis reconhecer o comando de greve como deliberativo. E neste momento, com a questão da ilegalidade tentam fazer diferente de 2009, quando declarou terminada a nossa greve sem que fosse votado em assembleia, escapulindo sorrateiramente abandonaram a categoria a própria sorte. Na greve atual, nossas duas últimas assembléias derrotaram a posição da APEOC pela suspensão da greve, pois existe um sentimento lúcido pela manutenção da greve manifestada em nossa categoria. Mesmo derrotada a direção da APEOC afirma que respeita a decisão da categoria e continua pelo menos verbalmente dirigindo a greve, até que votemos o seu fim em assembleia. Porém o discurso não esta batendo com a prática, o que temos visto claramente é uma operação desmonte aplicada pela diretoria do sindicato sobre a greve, principalmente no interior do Estado onde ainda possuem alguma credibilidade junto aos professores. Ou ainda se verificarmos seu site e vermos textos convocando a finalizar a greve, ou ainda nas entrevistas na mídia concedidas por diretores do sindicato, que muitas vezes confundem, amedrontam, ou tentam convencer os professores a saírem da greve. E ao falarmos da estrutura material, para se ter uma ideia da situação, os zonais estão realizando campanha financeira para tocar as atividades da greve, daí você tira.
Lembremos que estávamos vivendo uma semana sem expectativas mais positivas, no entanto, conseguimos superar seus obstáculos ao conseguir transformar o aulão na praça do Ferreira em uma passeata no centro da cidade aproximando a greve da população. Outras duas atividades que movimentaram a semana partiu da regional V, a participação não oficial no CETV13/09 que ajudou mais uma vez a divulgar a continuidade da greve para todo o Estado neste momento de dificuldades, e deu a resposta necessária e inteligente a emissora e seu tele jornal que tem jogado contra a greve, a categoria e a educação. O ponto alto se deu na quinta feira com ealização da carreata que partiu do conj. Ceará e seguiu até a praça central da Messejana, onde nos juntamos aos professores da regional VI. Vale lembrar que vários companheiros de outros zonai estiveram presentes, o resultado foi tão positivo que seguimos ao CAMBEBA rumo a Secretaria de Educação,onde tomada pela surpresa, a secretária de Educação dona Isolda Cela acabou recebendo uma delegação de representantes dos zonais e dois representantes do sindicato, que por sua vez, já se encontravam na Seduc.
Ao fim de mais de uma hora de reunião tentamos tirar alguns encaminhamentos mas não saiu muita coisa, podemos citar:
Pedimos o fim das pressões nas escolas sobre grevistas e alunos que apoiam nosso movimento, a resposta foi que não há nenhuma orientação da Seduc para estas práticas, se ocorre é como abuso, pode ser denunciado.
Indagada se realmente haveria registro das faltas, alegou que sim, pois era uma determinação da justiça, porém deixou em aberto se seriam ou não descontadas. Solicitamos a interferência da secretária para interceder junto ao governador e marcar uma reunião para a semana que vem, sua resposta foi taxativa, o governo volta a afirmar que não negocia com a categoria em greve, e que não existe nenhuma proposta oficial para resolver as demandas da greve.
Para fechar, como de praxe, nos acusou de intransigentes e pediu que respeitássemos o direito primeiro da educação dos jovens. Continuam nos solicitando amor.
Desta forma, superamos positivamente a semana e devemos nos concentrar em fazer a manutenção da greve na assembleia de 16/09 e aprovar uma agenda de atividades que movimente nossa greve. Mantenhamo-nos despertos!
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Cid antes e Cid depois
Colegas, pais e alunos vejam mais uma vez a máscara do Tirano do Castelo Abolição cair...
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
CONTINUA À ADESÃO AO NOSSO MOVIMENTO, TODOS CONTRA O TIRANO DA ABOLIÇÃO!
A mais nova manifestação de apóio veio do Sindiute, que ao participar da reunião do zonal reg. IV(12/09) comprometeu-se em financiar 20 outdoor para divulgar nosso movimento. Essa postura abre duas possibilidades importantes, a do apoio político e estrutural das entidades sindicais manifestando a mais pura solidariedade de classe em defesa da luta dos trabalhadores. A Educação vencerá, avancemos!
domingo, 11 de setembro de 2011
A AMPLITUDE POLITICA DE NOSSA GREVE PRODUZ NOVOS ECOS. TODOS CONTRA O TIRANO DA ABOLIÇÃO!
O professor Daniel Lins, importante opinião no mundo acadêmico, escreveu artigo para o jornal O Povo. Onde dá prosseguimento ao debate sobre o caráter de nossa educação e sua relação com os modelos políticos que administram a máquina estatal. Esperamos outras vozes em consonância com a da educação.
Professores: pau neles!
Daniel Lins – Filósofo dlins2007@yahoo.com.br
Uma vez mais, semana passada, a força foi usada pelo Estado contra professores. Espetáculo humilhante, típico de um poder que se afasta de suas obrigações e age como mestre de senzala!
O autoritarismo político inverte os papéis. Ora, sem eleitor, não há poder. Se o poder é incompetente e, não raro, desordeiro, quando o diálogo é chantageado, a Assembleia Legislativa é o espaço da palavra dos ofendidos.
Que fazem os deputados, salvo exceção de praxe? Transformam a “Casa do Povo” em trincheira contra a liberdade. Carneiro, boiada que pastoreia o gado – os professores –, a maioria trabalha em causa própria. Altos salários, corrupção quase sempre impune, tudo isso produz uma situação que põe em perigo às minguadas práticas democráticas.
De 2002 a 2008, o desvio de dinheiro público no Brasil equivale à economia da Bolívia: US$ 40 bilhões! Média de US$ 6 bilhões por ano, é o que atesta o cálculo feito por órgãos públicos, e difundido pela mídia nacional. Entre os gatunos, não há nenhum professor, como sempre!
O silêncio cúmplice, da maioria dos deputados e vereadores (alianças partidárias obrigam), em relação à pseudo-política salarial dos professores, e a ausência de ação de políticos inoperantes, pagos como príncipes, merecem um debate sem subterfúgios.
Com esse tipo de político, os professores terão que voltar aos tempos em que deviam “trabalhar por amor!” Que ideia retrógrada! O ensino privado, confessional, faliria se não tivesse abandonado esse discurso de sacristia: piada nacional, porém, letal. “Ensinar por amor, e não por salário”, desde que o professor não seja eu, minha esposa, minha mãe, parente, amigo, ou amante. Que os políticos exerçam seus cargos “por amor”!
O Brasil não é a Suíça em que os políticos mantêm seus empregos, e, como na Suécia, recebem um salário mínimo da população à qual devem explicação e respeito.
Como políticos incompetentes, nem sempre com ficha limpa, ousam se dirigir aos professores como se estivessem a falar com crianças meio tontas, bobos da corte! Quem fala? Por que os países onde a educação é um grande sucesso proíbem a intrusão do político à gestão pedagógica e, por razões óbvias, econômicas? A educação é coisa séria demais para depender de políticos!
Finlândia, Coreia do Sul e outros países em que a educação é tratada como riqueza nacional fazem da gestão do ensino público uma “empresa” séria, que produz forças qualificadas e competências que atendem às demandas educacional e socioeconômica da nação.
Educação se faz com orçamento farto, formação de nível, salário alto, exigências de qualidade daqueles que são pagos como profissionais e não como sacrificados do sistema.
O corpo dos professores, receptáculo de pauladas, reais ou simbólicas, hematomas e pichações, legitimadas pela dominação política, lembra o corpo/alma dos escravos. Quando se recebe menos de oito reais por hora, após anos de estudos, o sentido da vida se encontra alhures.
Resistir é preciso!
Fonte: Jornal O Povo 11/09/11
Professores: pau neles!
Daniel Lins – Filósofo dlins2007@yahoo.com.br
Uma vez mais, semana passada, a força foi usada pelo Estado contra professores. Espetáculo humilhante, típico de um poder que se afasta de suas obrigações e age como mestre de senzala!
O autoritarismo político inverte os papéis. Ora, sem eleitor, não há poder. Se o poder é incompetente e, não raro, desordeiro, quando o diálogo é chantageado, a Assembleia Legislativa é o espaço da palavra dos ofendidos.
Que fazem os deputados, salvo exceção de praxe? Transformam a “Casa do Povo” em trincheira contra a liberdade. Carneiro, boiada que pastoreia o gado – os professores –, a maioria trabalha em causa própria. Altos salários, corrupção quase sempre impune, tudo isso produz uma situação que põe em perigo às minguadas práticas democráticas.
De 2002 a 2008, o desvio de dinheiro público no Brasil equivale à economia da Bolívia: US$ 40 bilhões! Média de US$ 6 bilhões por ano, é o que atesta o cálculo feito por órgãos públicos, e difundido pela mídia nacional. Entre os gatunos, não há nenhum professor, como sempre!
O silêncio cúmplice, da maioria dos deputados e vereadores (alianças partidárias obrigam), em relação à pseudo-política salarial dos professores, e a ausência de ação de políticos inoperantes, pagos como príncipes, merecem um debate sem subterfúgios.
Com esse tipo de político, os professores terão que voltar aos tempos em que deviam “trabalhar por amor!” Que ideia retrógrada! O ensino privado, confessional, faliria se não tivesse abandonado esse discurso de sacristia: piada nacional, porém, letal. “Ensinar por amor, e não por salário”, desde que o professor não seja eu, minha esposa, minha mãe, parente, amigo, ou amante. Que os políticos exerçam seus cargos “por amor”!
O Brasil não é a Suíça em que os políticos mantêm seus empregos, e, como na Suécia, recebem um salário mínimo da população à qual devem explicação e respeito.
Como políticos incompetentes, nem sempre com ficha limpa, ousam se dirigir aos professores como se estivessem a falar com crianças meio tontas, bobos da corte! Quem fala? Por que os países onde a educação é um grande sucesso proíbem a intrusão do político à gestão pedagógica e, por razões óbvias, econômicas? A educação é coisa séria demais para depender de políticos!
Finlândia, Coreia do Sul e outros países em que a educação é tratada como riqueza nacional fazem da gestão do ensino público uma “empresa” séria, que produz forças qualificadas e competências que atendem às demandas educacional e socioeconômica da nação.
Educação se faz com orçamento farto, formação de nível, salário alto, exigências de qualidade daqueles que são pagos como profissionais e não como sacrificados do sistema.
O corpo dos professores, receptáculo de pauladas, reais ou simbólicas, hematomas e pichações, legitimadas pela dominação política, lembra o corpo/alma dos escravos. Quando se recebe menos de oito reais por hora, após anos de estudos, o sentido da vida se encontra alhures.
Resistir é preciso!
Fonte: Jornal O Povo 11/09/11
sábado, 10 de setembro de 2011
FIQUE ATENTO A NOSSA AGENDA DE ATIVIDADES
AGENDA DE ATIVIDADES
ZONAL JOSÉ WALTER
Segunda feira dia 12/09
8h concentração escola Otávio de Farias visitar escolas para mobilizar
19h reunião com pais e alunos escola Otávio de Fariaas.
Terça feira dia 13/09
8h concentração escola Otávio de Farias atividade junto ao MEU BAIRRO NA TV
19h reunião com pais e alunos Liceu Domingos Brasileiro
Quarta feira dia 14/09
8h atividade na praça do Ferreira
Quinta feira dia 15/09
8h concentração pólo de lazer do conj. Ceará, saída da grande carreata pela educação
Sexta feira dia 16/09
8h Assembléia Geral no ginásio Paulo Sarasate
ZONAL JOSÉ WALTER
Segunda feira dia 12/09
8h concentração escola Otávio de Farias visitar escolas para mobilizar
19h reunião com pais e alunos escola Otávio de Fariaas.
Terça feira dia 13/09
8h concentração escola Otávio de Farias atividade junto ao MEU BAIRRO NA TV
19h reunião com pais e alunos Liceu Domingos Brasileiro
Quarta feira dia 14/09
8h atividade na praça do Ferreira
Quinta feira dia 15/09
8h concentração pólo de lazer do conj. Ceará, saída da grande carreata pela educação
Sexta feira dia 16/09
8h Assembléia Geral no ginásio Paulo Sarasate
A GREVE CONTINUA, MAIS UMA VEZ, CID, A CULPA É SUA!
Milhares de professores lotaram mais uma vez o ginásio Aécio de Borba, era a assembléia geral de 09/09. Mais uma vez, discutiríamos a paralisação ou não da greve, em posições opostas estavam os representantes dos zonais que defendem o clamor da categoria em continuar a greve e a direção da APEOC que defende a paralisação da greve. Parece que estes companheiros chegaram ao seu limite político na condução dos anseios da categoria nesta greve.
O debate foi travado por meio dos informes dos zonais e das cidades do interior, sendo que a maioria absoluta manifestou-se favorável a continuação da greve, tese assumida pela categoria em votação maciça. A GREVE CONTINUA!
Caros professores, professoras, companheiros que fazem a greve no dia a dia, a fase que vivemos no momento exige de nós mais organização, dedicação e firmeza. Para nosso movimento ficar cada vez mais forte precisamos fortalecer as reuniões e atividades dos zonais. É hora de organizarmos comissões de mobilização que visitarão escolas para discutir e chamar os companheiros que quebraram a greve a voltar para o movimento.
Aqui na regional V já iniciamos uma campanha financeira para manter nossas atividades e estamos trabalhando em conjunto com os demais zonais da região. Estaremos realizando uma série de atividades para esta semana. Fiquem ligados e participem ! Fortaleçam a greve! Acompanhem nossa agenda de atividades.
O debate foi travado por meio dos informes dos zonais e das cidades do interior, sendo que a maioria absoluta manifestou-se favorável a continuação da greve, tese assumida pela categoria em votação maciça. A GREVE CONTINUA!
Caros professores, professoras, companheiros que fazem a greve no dia a dia, a fase que vivemos no momento exige de nós mais organização, dedicação e firmeza. Para nosso movimento ficar cada vez mais forte precisamos fortalecer as reuniões e atividades dos zonais. É hora de organizarmos comissões de mobilização que visitarão escolas para discutir e chamar os companheiros que quebraram a greve a voltar para o movimento.
Aqui na regional V já iniciamos uma campanha financeira para manter nossas atividades e estamos trabalhando em conjunto com os demais zonais da região. Estaremos realizando uma série de atividades para esta semana. Fiquem ligados e participem ! Fortaleçam a greve! Acompanhem nossa agenda de atividades.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
CONVOCAÇÃO
ATENÇÃO COMPANHEIROS!
Amanhã 09/09 às 8h reunião zonal do José Walter na escola Otávio de Farias
Sua presença é importante, venha discutir e decidir o futuro de nossa greve.
Compareça e contribua com sua opinião.
Amanhã 09/09 às 8h reunião zonal do José Walter na escola Otávio de Farias
Sua presença é importante, venha discutir e decidir o futuro de nossa greve.
Compareça e contribua com sua opinião.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Professores do Ceará fazem Marcha e protesto durante o Desfile da Independência 07/09/2011
"Professores em greve e estudantes da rede estadual de ensino realizaram, na manhã da quarta-feira (7), a Marcha pela Educação e Paz, manifestação paralela ao desfile cívico-militar realizado na Avenida Beira Mar, em Fortaleza. Com faixas de protesto e mordaças na boca, professores entraram no percurso do desfile.(...)" Fonte : G1
Ao final da Marcha realizada na Av. Abolição promovida pelo Sindicato
APEOC, um grupo de valentes colegas professores e professoras, de forma espontânea e ordeira, não temeram mais vez a truculência da polícia e protestaram em pleno desfile militar na Av. Beira Mar e receberam o apoio da população, da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB-ce) e também da compreensão e apoio da IMPRENSA !
Mas infelizmente a luta ainda não acabou, amanhã(08/09) todos no TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO CEARÁ NO CAMBEBA A PARTIR DAS 14:00hs.
GREVE NÃO É CRIME NEM PROFESSOR É BANDIDO !
AVANTE COLEGAS! FIQUEMOS UNIDOS, FORTALECENDO-SE UNS NOS OUTROS E CERTAMENTE VENCEREMOS ESSA TERRÍVEL GUERRA !
Ao final da Marcha realizada na Av. Abolição promovida pelo Sindicato
APEOC, um grupo de valentes colegas professores e professoras, de forma espontânea e ordeira, não temeram mais vez a truculência da polícia e protestaram em pleno desfile militar na Av. Beira Mar e receberam o apoio da população, da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB-ce) e também da compreensão e apoio da IMPRENSA !
Mas infelizmente a luta ainda não acabou, amanhã(08/09) todos no TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO CEARÁ NO CAMBEBA A PARTIR DAS 14:00hs.
GREVE NÃO É CRIME NEM PROFESSOR É BANDIDO !
AVANTE COLEGAS! FIQUEMOS UNIDOS, FORTALECENDO-SE UNS NOS OUTROS E CERTAMENTE VENCEREMOS ESSA TERRÍVEL GUERRA !
O 7 DE SETEMBRO E A LUTA EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DE QUALIDADE NO CEARÁ
Civismo, organização e luta
A história do dia da Pátria no Ceará, decididamente não mais será contada sem emoção. Este 7 de setembro de 2011 ganhou um caráter de civismo popular manifestado em um dia de intensa mobilização de nossa greve, quebrando o gelo do desfile oficial.
O dia de hoje, no que diz respeito a nossa agenda de luta, foi intensamente discutido. Quem não lembra da polêmica em nossa última assembléia, onde nem sequer queriam votar a proposta de estarmos juntos ao Ato Oficial? A questão foi levada ao comando de greve onde se deu calorosa discussão que decidiu corretamente em realizarmos nossa atividade nas proximidades do desfile oficial.
O que se viu foi maravilhoso: o cruzamento das avenidas Barão de Stuart e Abolição, ponto de concentração para nossa marcha, foi ficando tomado por centenas de blusas negras, era o sinal que a educação está de luto e em luta. Nos momentos que antecederam a saída de nossa Marcha pela Educação, as centenas de pessoas que chegavam para assistir ao desfile militar se confraternizavam conosco, manifestando um importante apoio popular ao nosso movimento e a greve.
Foi com este espírito de justeza e moral elevada que marchamos orgulhosamente pela avenida, mais uma vez saudados e recebidos entusiasticamente por todos que se encontravam ao longo de todo o percurso.
A segunda e triunfal Marcha da Educação
Se o que estava acontecendo até o momento da finalização de nossa primeira e vitoriosa marcha nos pareceu maravilhoso, o que estava por vir, deve então ser descrito de que forma? Enquanto se dava a dispersão de nossa manifestação, que voltara ao ponto de partida, nós, professores, professoras, alunos e toda gente, seguimos de forma espontânea e ordeira para o desfile oficial. Porém, o extraordinário ocorreu.
Ao nos darmos conta, estávamos novamente em marcha, só que desta vez, em pleno desfile oficial. Não precisou nem de dois minutos para se enxergar uma massa firme de 500 manifestantes empunhando faixas e cartazes e entoando palavras de ordem em defesa da Educação. O resultado não poderia ser outro, de todo lado os milhares e milhares de pessoas que lotavam o calçadão da Beira Mar, seus hotéis, bares e clubes aplaudiram e manifestaram grande apoio a luta em defesa da educação no Ceará. Este apoio tornou-se mais forte e decisivo no momento em que um pelotão da tropa de choque bloqueia nossa passagem na avenida. Populares, homens e mulheres saíram em nossa defesa, representantes de entidades civis se manifestaram em defesa do direito de ir e vir e de que se manifestasse de forma ordeira e pacífica. Desta forma, superamos as tentativas de bloqueio feitas pela polícia e seguimos até o final da avenida, com uma parada diante do palanque das ditas autoridades, que ouviram muito sem gosto, nosso brado de civismo e de luta, reafirmando nossa greve. Entoamos o hino nacional, exigindo respeito à pátria e a educação. Foi um grande dia, este 7 de setembro. VIVA A GREVE!
A história do dia da Pátria no Ceará, decididamente não mais será contada sem emoção. Este 7 de setembro de 2011 ganhou um caráter de civismo popular manifestado em um dia de intensa mobilização de nossa greve, quebrando o gelo do desfile oficial.
O dia de hoje, no que diz respeito a nossa agenda de luta, foi intensamente discutido. Quem não lembra da polêmica em nossa última assembléia, onde nem sequer queriam votar a proposta de estarmos juntos ao Ato Oficial? A questão foi levada ao comando de greve onde se deu calorosa discussão que decidiu corretamente em realizarmos nossa atividade nas proximidades do desfile oficial.
O que se viu foi maravilhoso: o cruzamento das avenidas Barão de Stuart e Abolição, ponto de concentração para nossa marcha, foi ficando tomado por centenas de blusas negras, era o sinal que a educação está de luto e em luta. Nos momentos que antecederam a saída de nossa Marcha pela Educação, as centenas de pessoas que chegavam para assistir ao desfile militar se confraternizavam conosco, manifestando um importante apoio popular ao nosso movimento e a greve.
Foi com este espírito de justeza e moral elevada que marchamos orgulhosamente pela avenida, mais uma vez saudados e recebidos entusiasticamente por todos que se encontravam ao longo de todo o percurso.
A segunda e triunfal Marcha da Educação
Se o que estava acontecendo até o momento da finalização de nossa primeira e vitoriosa marcha nos pareceu maravilhoso, o que estava por vir, deve então ser descrito de que forma? Enquanto se dava a dispersão de nossa manifestação, que voltara ao ponto de partida, nós, professores, professoras, alunos e toda gente, seguimos de forma espontânea e ordeira para o desfile oficial. Porém, o extraordinário ocorreu.
Ao nos darmos conta, estávamos novamente em marcha, só que desta vez, em pleno desfile oficial. Não precisou nem de dois minutos para se enxergar uma massa firme de 500 manifestantes empunhando faixas e cartazes e entoando palavras de ordem em defesa da Educação. O resultado não poderia ser outro, de todo lado os milhares e milhares de pessoas que lotavam o calçadão da Beira Mar, seus hotéis, bares e clubes aplaudiram e manifestaram grande apoio a luta em defesa da educação no Ceará. Este apoio tornou-se mais forte e decisivo no momento em que um pelotão da tropa de choque bloqueia nossa passagem na avenida. Populares, homens e mulheres saíram em nossa defesa, representantes de entidades civis se manifestaram em defesa do direito de ir e vir e de que se manifestasse de forma ordeira e pacífica. Desta forma, superamos as tentativas de bloqueio feitas pela polícia e seguimos até o final da avenida, com uma parada diante do palanque das ditas autoridades, que ouviram muito sem gosto, nosso brado de civismo e de luta, reafirmando nossa greve. Entoamos o hino nacional, exigindo respeito à pátria e a educação. Foi um grande dia, este 7 de setembro. VIVA A GREVE!
terça-feira, 6 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
CARTA DE UMA PROFESSORA EM GREVE
Fortaleza, 31 de agosto de 2011.
Sou professora da rede publica há dezesseis anos e posso assegurar que trabalho, não por amor, visto que amor não é a moeda do nosso mercado, mas com amor e dedicação. Prova disso é minha ficha funcional e prova maior são os meus alunos e ex-alunos que, se perguntados sobre minha conduta como educadora, dirão “é muito exigente”, jamais dirão “é relapsa”.
Apresento-me desse modo apenas para comprovar que estou apta a comentar a fala do senhor governador Cid Gomes ao jornal Diário da Manhã, da TV Diário, no dia 30/08/2011, que confirma o que ele vinha afirmando em seus pronunciamentos: professor deve trabalhar por amor e não para ficar rico.
Ouvir do senhor governador aquilo que, segundo ele é o seu pensamento “quem está no serviço publico deve trabalhar por vocação e não para ficar rico – governador, prefeito, deputado, senador, vereador, policial, médico, professor – deixou-me indignada, é impossível silenciar.
Quem tem a pretensão de ficar rico no serviço publico? Os policiais que deixam suas famílias e vão arriscar a vida nas ruas? Voltar para casa é a grande vitória!
Os médicos que trabalham em hospitais superlotados, em condições precárias, a ponto de, muitas vezes ser para eles um desafio salvar vidas?
Nós, professores, que trabalhamos em salas com 45, 46, 50 alunos, ganhando um, misero valor hora-aula e tendo que, além de nossa formação, ser pedagogos, psicólogos e até bibliotecários, visto que nossas escolas não dispõem desses profissionais?
Diante dessa realidade, ainda temos que ouvir que escola boa é a privada, onde o senhor governador sempre estudou. Tal afirmação vem no exato momento em que é divulgado que a escola publica do Ceará é a melhor do Nordeste! Tal resultado, convenhamos, deve-se, em grande parte, à dedicação de mestres que, como eu, estão na escola até mesmo além de sua carga horária, ministrando aulas para ENEM, olimpíadas, feiras, concursos, ou desenvolvendo projetos que destacam o nome da escola ou do próprio governo. Professores que, estando além de sua carga horária, não recebem um centavo a mais, seu ganho é a vitória do estudante.
Não, não temos a pretensão de ficar ricos, mais exigimos respeito e dignidade, pois, como bem afirma a letra da música Comida do grupo Titãs, “... a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...”.
Sim, nós lutamos pelo direito de ser cidadãos, pois formamos cidadãos. Queremos comprar livros, fazer cursos, ir à praia, ao cinema, ao teatro – porque não?
Dizer que o professor não precisa cursar além da graduação é negar aos filhos dos pobres, que não têm condições de, como o senhor governador, estudar em escola particular, o direito de uma melhor educação, pois o que aprendemos representa, sem sombra de duvida, uma grande melhoria em sala de aula.
Qualquer governante que se preocupa com a educação investe no profissional, (veja os PCNs, o ENEM), pois sabe que o conhecimento é mutável e o professor deve, sim, estudar continuamente. O investimento que o professor faz em sua melhoria como profissional tem que ser repassado em forma de salário. Negar aos professores o direito de obter essa justa elevação no salário é negar à camada mais humilde da sociedade uma escola publica de qualidade.
Agora, líderes do governo, acessores, dizem que o senhor governador foi mal interpretado. Mal interpretado somos nós, lutadores, que somos obrigados a ouvir tantos absurdos.
Não pretendemos ficar ricos, mas fica o questionamento: porque os cargos políticos, que são servidores do povo, têm uma folha de pagamento tão distinta da nossa?Onde fica o tão falado amor?
Para finalizar, uso palavras de uma grande amiga, Fleurilene Simone Lima Batista, professora como eu: “Construir sonhos é o nosso principal papel na escola, que lida diariamente com pessoas massacradas por um sistema que lhes priva direitos básicos como a boa alimentação, transporte, moradia, entre outros. A esses seres mostramos uma janela com oportunidades de formação pessoal e profissional.
Com amor é que nos damos a esses alunos, por escolha própria, e principalmente com profissionalismo, e por essa razão é que temos o direito, não é favor, a um salário por esse trabalho.
Com que propriedade diremos aos alunos que eles podem superar sua situação social, se nós não temos o suficiente para nos mantermos com dignidade? Trabalhando assiduamente e com profissionalismo para mantermo-nos na classe pobre da sociedade? Qual exemplo daremos ao aluno de lutar por seus direitos se nós nos curvamos ao governador que não quer pagar o que é devido por lei?
Experimente senhor governador, valorizar o profissional que forma seus eleitores, ou há o medo de eles passarem a não acreditar no senhor?”
Marizita Saraiva Rabelo
Sou professora da rede publica há dezesseis anos e posso assegurar que trabalho, não por amor, visto que amor não é a moeda do nosso mercado, mas com amor e dedicação. Prova disso é minha ficha funcional e prova maior são os meus alunos e ex-alunos que, se perguntados sobre minha conduta como educadora, dirão “é muito exigente”, jamais dirão “é relapsa”.
Apresento-me desse modo apenas para comprovar que estou apta a comentar a fala do senhor governador Cid Gomes ao jornal Diário da Manhã, da TV Diário, no dia 30/08/2011, que confirma o que ele vinha afirmando em seus pronunciamentos: professor deve trabalhar por amor e não para ficar rico.
Ouvir do senhor governador aquilo que, segundo ele é o seu pensamento “quem está no serviço publico deve trabalhar por vocação e não para ficar rico – governador, prefeito, deputado, senador, vereador, policial, médico, professor – deixou-me indignada, é impossível silenciar.
Quem tem a pretensão de ficar rico no serviço publico? Os policiais que deixam suas famílias e vão arriscar a vida nas ruas? Voltar para casa é a grande vitória!
Os médicos que trabalham em hospitais superlotados, em condições precárias, a ponto de, muitas vezes ser para eles um desafio salvar vidas?
Nós, professores, que trabalhamos em salas com 45, 46, 50 alunos, ganhando um, misero valor hora-aula e tendo que, além de nossa formação, ser pedagogos, psicólogos e até bibliotecários, visto que nossas escolas não dispõem desses profissionais?
Diante dessa realidade, ainda temos que ouvir que escola boa é a privada, onde o senhor governador sempre estudou. Tal afirmação vem no exato momento em que é divulgado que a escola publica do Ceará é a melhor do Nordeste! Tal resultado, convenhamos, deve-se, em grande parte, à dedicação de mestres que, como eu, estão na escola até mesmo além de sua carga horária, ministrando aulas para ENEM, olimpíadas, feiras, concursos, ou desenvolvendo projetos que destacam o nome da escola ou do próprio governo. Professores que, estando além de sua carga horária, não recebem um centavo a mais, seu ganho é a vitória do estudante.
Não, não temos a pretensão de ficar ricos, mais exigimos respeito e dignidade, pois, como bem afirma a letra da música Comida do grupo Titãs, “... a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte...”.
Sim, nós lutamos pelo direito de ser cidadãos, pois formamos cidadãos. Queremos comprar livros, fazer cursos, ir à praia, ao cinema, ao teatro – porque não?
Dizer que o professor não precisa cursar além da graduação é negar aos filhos dos pobres, que não têm condições de, como o senhor governador, estudar em escola particular, o direito de uma melhor educação, pois o que aprendemos representa, sem sombra de duvida, uma grande melhoria em sala de aula.
Qualquer governante que se preocupa com a educação investe no profissional, (veja os PCNs, o ENEM), pois sabe que o conhecimento é mutável e o professor deve, sim, estudar continuamente. O investimento que o professor faz em sua melhoria como profissional tem que ser repassado em forma de salário. Negar aos professores o direito de obter essa justa elevação no salário é negar à camada mais humilde da sociedade uma escola publica de qualidade.
Agora, líderes do governo, acessores, dizem que o senhor governador foi mal interpretado. Mal interpretado somos nós, lutadores, que somos obrigados a ouvir tantos absurdos.
Não pretendemos ficar ricos, mas fica o questionamento: porque os cargos políticos, que são servidores do povo, têm uma folha de pagamento tão distinta da nossa?Onde fica o tão falado amor?
Para finalizar, uso palavras de uma grande amiga, Fleurilene Simone Lima Batista, professora como eu: “Construir sonhos é o nosso principal papel na escola, que lida diariamente com pessoas massacradas por um sistema que lhes priva direitos básicos como a boa alimentação, transporte, moradia, entre outros. A esses seres mostramos uma janela com oportunidades de formação pessoal e profissional.
Com amor é que nos damos a esses alunos, por escolha própria, e principalmente com profissionalismo, e por essa razão é que temos o direito, não é favor, a um salário por esse trabalho.
Com que propriedade diremos aos alunos que eles podem superar sua situação social, se nós não temos o suficiente para nos mantermos com dignidade? Trabalhando assiduamente e com profissionalismo para mantermo-nos na classe pobre da sociedade? Qual exemplo daremos ao aluno de lutar por seus direitos se nós nos curvamos ao governador que não quer pagar o que é devido por lei?
Experimente senhor governador, valorizar o profissional que forma seus eleitores, ou há o medo de eles passarem a não acreditar no senhor?”
Marizita Saraiva Rabelo
Atenção Colegas:
Irá acontecer um grande zonal UNIFICADO na EEFM Irmão Urbano às 09:00hs da manhã desta Segunda dia 05/09.
PARTICIPE! A NOSSA LUTA CHEGOU NO MOMENTO MAIS IMPORTANTE, NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA HESITAÇÃO E VACILAÇÃO, OU NÓS( TODOS JUNTOS EM UNIDADE) TOMAMOS A VANGUARDA DO MOVIMENTO E CONTINUAMOS NA BUSCA DA TÃO ALMEJADA VITÓRIA OU SEREMOS DESMORALIZADOS PELO RESTO DE NOSSAS VIDAS!
A UNIDADE, COESÃO DE FORÇAS E A MOBILIZAÇÃO SÃO AS CHAVES DA VITÓRIA!
A escola Irmão Urbano fica no Mondubim próximo aos centex box e ao colégio Marista na Av. perimetral.
PS: Aos colegas do José Walter, haverá a concentração no Otavio de Farias às 08:00hs para em seguida nos dirigirmos ao Irmão Urbano
Irá acontecer um grande zonal UNIFICADO na EEFM Irmão Urbano às 09:00hs da manhã desta Segunda dia 05/09.
PARTICIPE! A NOSSA LUTA CHEGOU NO MOMENTO MAIS IMPORTANTE, NÃO HÁ MAIS TEMPO PARA HESITAÇÃO E VACILAÇÃO, OU NÓS( TODOS JUNTOS EM UNIDADE) TOMAMOS A VANGUARDA DO MOVIMENTO E CONTINUAMOS NA BUSCA DA TÃO ALMEJADA VITÓRIA OU SEREMOS DESMORALIZADOS PELO RESTO DE NOSSAS VIDAS!
A UNIDADE, COESÃO DE FORÇAS E A MOBILIZAÇÃO SÃO AS CHAVES DA VITÓRIA!
A escola Irmão Urbano fica no Mondubim próximo aos centex box e ao colégio Marista na Av. perimetral.
PS: Aos colegas do José Walter, haverá a concentração no Otavio de Farias às 08:00hs para em seguida nos dirigirmos ao Irmão Urbano
sábado, 3 de setembro de 2011
Em clima tenso, representantes dos professores e parlamentares tem o primeiro contato 01/09/2011
FONTE: APEOC TV(Youtube)
ATENÇÃO A TODOS, NOSSA GREVE CONTINUA FIRME E FORTE
A luta em defesa da Educação pública e de qualidade no Ceará, representada neste momento pela grande greve no magistério, ganhou decididamente o apoio da sociedade. Isso ocorre, devido a justeza de nossas palavras e ações em denunciar, mobilizar e convocar todos, principalmente aos trabalhadores cujos filhos dependem da formação que a escola pública oferece. Foram estes os primeiros a nos apoiar, mas não fica por ai, segmentos mais organizados da sociedade também compraram esta briga, e a cada dia, novas manifestações de apoio nos chegam, o que significa que todos juntos haveremos de definitivamente passarmos a educação pública no ceará a limpo. Juntos somos fortes, juntos enfrentaremos, juntos venceremos.
A grande Marcha de quinta-feira 01/09 foi a confirmação cabal do que acabamos de falar. Foram milhares os que estiveram presentes, superando e muito os milhares que também estiveram na marcha anterior de 25/08. Isso só foi possível exatamente pela adesão massiva e decisiva na organização e condução de nosso vitorioso ato.
Nosso principal objetivo foi alcançado, o governo voltaria a sentar com a representação de nossa categoria para uma nova rodada de negociação. Mas o resultado dessa nova roda não rendeu positivamente a favor de nossas reivindicações, quando a representação do governo afirmou categoricamente que não aceita a implantação do piso de forma escalonada, ou seja, que atinja todos os níveis de nossa atual carreira, o que é nossa bandeira central e não podemos abrir mão. Como se não bastasse o governo também afirmou que não assinaria um TAC (termo de ajuste de conduta) junto ao ministério público, e o que poderia assinar era um mero termo de compromisso, o que a categoria entende como insuficiente para um governo que costumeiramente não respeita a palavra empenhada, principalmente quando diz respeito a acordos com os trabalhadores.
Esta nova conjuntura levou nossa categoria a realizar mais uma assembleia massiva, que discutiu em acalorado debate, a suspensão ou não de nossa greve, motivada pela situação da ilegalidade, utilizada como arma de desmonte da greve pelo governo. Não conseguiu, as professoras e professores presentes souberam responder a altura e votaram majoritariamente pela continuidade de nossa histórica e heroica greve.
A greve, portanto, continua e forte. Fortaleça-a ainda mais, entre em contato com seu zonal e participe. É nossa tarefa imediata manter as escolas paralisadas e construir o grande ato para o 7 de setembro. Fortaleça!
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