Desta vez a carta veio da professora Mailma Sousa,zonal Mariano Matins, leia reflita e engaje-se.
Meus companheiros e minhas companheiras nesta luta boa, que é justa e necessária.
Tenho a convicção de que a vitória está em nossas mãos. Ou melhor, além de estar em nossas mãos, ela está em nossos pés, em nossa voz, em nossas ações fundamentais, decisivas nesta semana.
Queríamos um TAC e nos deram uma ATA, da qual não é novidade nem a tal da ameaça, arma eterna da tirania.
Como é que a vitória está em nossas mãos? Vivendo intensamente a agenda de greve desta semana que é, repito, a mais decisiva de todas que já vivemos até agora. É ... visceral, companheiros e companheiras. Vamos lá. Quem não foi pra rua ainda, chegou a hora certa de ir. Quem já foi tanto, acha que cansou e pensa em recuar, sei que há forças. Saiba: não acredito no tal lema que no momento considero somente derrotista: "Recuar para avançar!". Isso não existe. Recuar agora é no mínimo se dizer analfabeto por não saber ler e por, feito patinho, acreditar no que diz a tal ... ATA de negociação sem negociação.
Temos força, companheiros e companheiras. Vamos avançar. Isso, sim. Porque podemos avançar com certeza.
Como avançar? Vamos, dentre outras atividades, lotar o zonal amanhã às 14 horas no Mariano Martins. Vamos fazer um ato beeeem significativo na quarta no Palácio da Abolição (Com a arte incrível do teatro de novo, se possível. E é possível.). E vamos lutar e vencer de novo na próxima assembleia, nesta sexta no Paulo Sarasate.
Não podemos desperdiçar a mobilização que todos sabemos: é histórica. Deixá-la a custo de nada? Já ... tomamos muito sol pra recuarmos diante de ameaças que nem sabemos como serão cumpridas. Se é que serão! Não é hora de desânimos individuais. Não estamos sozinhos. Não somos fracos. Esta greve é pra mim como ... a fênix mitológica, que de repente renasce. Não das cinzas, porque não somos cinza. Somos chama, somos fogo. E fogo acesíssimo com labaredas, companheiros e companheiras.
Em que me fortaleço? Não é coisa de mito relembrar que na quarta-feira passada, na Praça da Impressa, por volta de 9 horas, nos perguntávamos até aflitos cadê os companheiros de sempre na luta. Em menos de uma hora, seguimos com trio elétrico e nosso cortejo fúnebre conforme o planejado, e com mais banda de música cívica do 7 de setembro da nossa adorada Escola Antonieta Siqueira, uma grande grande força!, e mais outra força que é a banda marcial do Liceu. Nós com aquela multidão num ato que considero, analiso, avalio como um dos mais significativos de todos os que já fizemos! Não só pela quantidade de pessoas guerreiras, destemidas no solzão outra vez, mas pela enorme simbologia daquele cortejo, o velório, o sepultamento fantástico, encampado com certeza por nossos professores atores, imprescindíveis na educação. Isso que eu digo que é vida, é um renascer, a fênix novamente, é a continuidade da greve ainda.
Como podemos dizer que isso e tanto mais é fraco? Os zonais são fortes e tem mais a REDE DE ZONAIS, um diferencial também nesta greve. Como repetir lemas derrotistas do tipo: "Suspensão com mobilização!", companheiros e companheiras? Isso não existe. Existe AVANÇAR. NÓS PODEMOS, SIM, AVANÇAR.
Vamos à luta, companheiros e companheiras. Acreditar e lutar é fundamental neste momento. Nada de desânimo. Fosse no passado em que se criava o peru no quintal de casa, eu diria que nem o povo: "quem morre de véspera é peru!" Pois se precisaremos desanimar, ainda não chegou a hora.
Abraço graaaaaaaaaaaande. Abraço de unidade. A construção desta greve indiscutivelmente é nossa, dos professores da chamada base. Somos a base, por isso chegamos até aqui e somos fortes.
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